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Quinta - 05 de Novembro de 2020 às 16:58
Por: Lázaro Thor/A Gazeta

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A delação do ex-deputado e atual presidiário José Geraldo Riva expôs mais um episódio curioso do engenhoso esquema de pagamento de mensalinho na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). No anexo 3 da delação, Riva deu mais detalhes do episódio, que ficou conhecido como ‘propina da propina’, quando o exfuncionário da ALMT, Edemar Adams, desviou dinheiro do recurso que já era desviado dentro do legislativo matogrossense para que Edemar ajudasse a comprar a vaga do ex-conselheiro Sérgio Ricardo no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).

Segundo o delator, este roubo dentro do roubo causou prejuízo aos criminosos que compunham a organização criminosa e fez com que a Mesa Diretora da ALMT, que liderava o esquema de pagamento de mensalinhos com dinheiro desviado de materiais de escritórios, tivesse que contrair empréstimos para poder conseguir pagar os deputados normalmente. “Num determinado momento, quando tínhamos que recorrer a recursos pra completar [o mensalinho], e nem... não era todo mês que nós tínhamos o valor suficiente pra pagar a propina dos deputados, esses valores eram emprestados de alguém”, afirma Riva em seu depoimento.

“O seu Elias Nassarden emprestou alguns valores. Eu me lembro uma ocasião em que ele emprestou 500 mil reais, nós pedimos para o Edemar se tinha alguém que podia antecipar 500 mil pra completar o repasse dos deputados, ele disse que tinha um amigo que tinha e indicou o Elias Nassarden Júnior. O Elias emprestou os 500 mil, cobrou juro de 5 por cento, e depois, na sua delação, o Elias deixa claro que esses valores não eram dele e sim do Edemar. Então, o dinheiro que o Edemar desviava ele acabava emprestando pra própria mesa diretora”, completa o delator.





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