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Saúde
Sábado - 11 de Agosto de 2012 às 12:39
Por: Tadeu Meniconi

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Arquivo pessoal
Mauro Oliveira antes e depois da rotina de exercícios físicos.
Mauro Oliveira antes e depois da rotina de exercícios físicos.

A história de um jovem de Minas Gerais mostra como é arriscado tentar emagrecer com remédios que não foram feitos para isso. Hoje, Mauro Oliveira está em forma com uma boa dieta e exercícios físicos regulares, mas nem sempre foi assim.

Aos 20 anos, o jovem de Resende Costa (MG) pesava 138 kg, com 1,86 m de altura. Incomodado, decidiu que era hora de emagrecer e procurou um médico. O especialista receitou o femproporex, um inibidor de apetite à base de anfetamina.

Esse medicamento ainda era permitido na época, mas foi proibido em outubro de 2011 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que avaliou que os efeitos colaterais não compensavam os benefícios.

Foi o caso de Mauro. O jovem sentiu que o remédio o estava alterando psicologicamente e preferiu interromper o tratamento. “Fiquei meio neurótico na época”, lembrou.

Só que Mauro passou a não seguir à risca o que o médico lhe passava, e buscou outros remédios – diuréticos e laxantes. Esses medicamentos não foram feitos para emagrecer, mas sim para ajudar a eliminar, respectivamente, urina e fezes. O paciente perde muita água, mas nenhuma gordura.

Além disso, ele ficava longos períodos sem comer, em um quadro que ele considera de bulimia – embora não tenha buscado um diagnóstico específico. Nessa época, chegou a ficar com 80 kg, mas engordava rapidamente em seguida. “O peso voltava em dobro”, contou.

Enquanto tomava medicamentos sem indicação, teve de ir para o hospital com problemas de infecção urinária. “Dei foi sorte. Do jeito que eu estava indo, ia acabar na hemodiálise”, avaliou, referindo-se ao tratamento para pacientes com insuficiência renal.

A nova realidade veio depois de uma conscientização – que incluiu vários puxões de orelha dos pais. Mauro estava com mais de 100 kg quando procurou uma nutricionista e começou a frequentar a academia.

Hoje, come de três em três horas, como recomendam os médicos, e pratica duas horas de musculação e exercícios aeróbicos por dia.

Mauro saiu da casa dos pais há cerca de um mês para fazer um curso de qualificação ligado a uma mineradora em Itabira (MG), a aproximadamente 300 km de sua cidade. Mora com mais duas pessoas em uma república e garante que não vai deixar a nova rotina prejudicar a saúde.

“Aqui, estou seguindo até melhor a dieta, porque a mãe sempre quer socar mais comida”, brincou o jovem, que é quem prepara a própria comida na nova casa.





Fonte: Do G1

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