O adolescente Sávio Rodrigo da Silva Santos, 16 anos, foi executado com pelo menos quatro tiros, ontem à noite, no bairro Dom Aquino, e morreu 20 minutos depois de dar entrada no boxe de emergência do Pronto Socorro de Cuiabá. A vítima estava sentada ao lado de amigos em um bar, quando foi alvejada por um suspeito que participava de uma carreata de divulgação de uma festa prevista para ocorrer, hoje. Familiares do adolescente afirmam que ele não tinha passagem pela polícia e nem envolvimento com criminosos e acreditam que ele tenha sido executado no lugar de outra pessoa.
Os criminosos, segundo um policial civil, que atendeu a ocorrência e ouviu familiares do adolescente, são moradores do morro, ou seja, da "parte de cima que vive em pé de guerra com a parte de baixo" do bairro. Na maioria das vezes os crimes no local são motivados pela disputa de território entre as gangues para comandar o tráfico de drogas. Contudo, o policial relatou que nem sempre as vítimas são criminosos. "Para os assassinos, o importante é matar qualquer morador do lado que eles consideram como rival, seja inocente ou envolvido com a criminalidade. É uma velha disputa que nunca termina", disse o policial.
De acordo com o investigador, Sávio estava sentado no bar quando dois motoqueiros que participavam de uma carreata de divulgação da festa se afastaram dos demais veículos e foram até o bar. Um deles desceu da motocicleta e atirou na perna do adolescente que caiu no chão. Em seguida, o assassino desferiu outros quatro tiros na região do tórax da vítima fugindo em seguida. Levado ao Pronto Socorro, o menor morreu 20 minutos depois. Testemunhas que presenciaram a execução serão ouvidas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para ajudar a prender o assassino. Testemunhas que estavam no local relataram ter ouvido pelo menos dez disparos. Ainda não há informações de qual tipo de arma foi usada.
Familiares do adolescente disseram à Polícia Civil que o acusado é conhecido pelo apelido de "Teté do Morro" e teria envolvimento em outros homicídios na região. Garantem que Sávio não tinha envolvimento com criminosos e nem rixa, por isso, acreditam que ele foi morto no lugar de outra pessoa. A delegada Anaíde de Barros é a responsável pelo início das investigações, uma vez que ela era a plantonista na noite de sexta-feira. A liberação do corpo foi feita no Pronto-Socorro de Cuiabá para ser levado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames de necropsia.
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