Número de pessoas em extrema pobreza aumenta em Mato Grosso No Estado, considerando o aumento populacional, são 6 mil pessoas a mais vivendo com menos de R$ 154 mensais
Levantamento divulgado, na quinta-feira (12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o Brasil não conseguiu amenizar a extrema pobreza, em 2019.
Em Mato Grosso, campeão em produção de grãos, o cenário é ainda mais negativo.
No ano passado, dos 3,4 milhões mato-grossenses, 87 mil (2,5%) se encontravam em situação de extrema pobreza. Em 2018, eram 81 mil (2,4%) pessoas.
Em números absolutos, considerando o aumento populacional do Estado, são 6 mil pessoas a mais vivendo com menos de US$ 1,90 por dia ou R$ 154 mensais.
Em Cuiabá, o IBGE aponta para queda. Em 2019, dentre 612 mil residentes na Capital, 9 mil se encontravam em situação de extrema pobreza. No ano anterior, eram 19 mil.
No país, o percentual foi de 6,5%, o mesmo percentual observado em 2018.
O levantamento aponta também para 13,6 milhões o total de pessoas extremamente pobres, cerca de 100 mil a mais que em 2018, o que é considerado estatisticamente como uma estabilidade.
Na comparação com 2014, quando o país vivia sob os patamares mais baixos de desemprego, esse contingente aumentou em quase 4,7 milhões de pessoas.
Em relação a pobreza, medida pela linha de US$ 5,5 PPC, caiu de 25,3% para 24,7% dos brasileiros.
Estas linhas foram estabelecidas pelo Banco Mundial para acompanhar a evolução da pobreza global. Elas não consideram o câmbio oficial, mas o chamado Poder de Paridade de Compra (PPC).
Segundo o IBGE, essa medida permite comparar o valor real das moedas em determinado ponto do tempo por meio de uma pesquisa de preços de bens e serviços em diversos lugares do mundo.
Já o índice de Gini (0,543), que mede a distribuição de renda, caiu em relação a 2018 (0,545), mas o país é o nono mais desigual do mundo segundo o Banco Mundial.
Quanto maior o índice, mais desigual é a sociedade e, no Estado, também houve queda. Em 2019, o Gini em nível estadual era de 0,456 e, no ano anterior, 0,463.
Em Cuiabá, o valor é maior: 0,551. O índice estadual é o menor dentre os estados do centro-oeste.
No vizinho Mato Grosso do Sul é de 0,485, Goiás 0,459 e no Distrito Federal 0,553. A Síntese de Indicadores Sociais traz dados ainda sobre a taxa de desocupação, contratações, informalidade, entre outros.
MAIS MT - Para mudar cenários como estes, o Governo de Mato Grosso promete por meio do programa “Mais MT” destinar R$ 352 milhões em investimentos na área social e na habitação.
Os recursos beneficiarão, principalmente, famílias em situação de vulnerabilidade extrema com ações de assistência social, cidadania, qualificação profissional, transferência de renda e construção de casas populares.
A segurança alimentar da população vulnerável é uma das prioridades. Assim, foram destinados R$ 42,5 milhões em recursos para aquisição de alimentos para famílias carentes.
Segundo o Estado, os valores complementarão as ações já realizadas na campanha “Vem ser mais solidário – MT unido contra o coronavírus”, que tem beneficiado mais de 1,7 milhão de pessoas com a distribuição de 330 mil cestas básicas para todos os municípios mato-grossenses, até o momento.
Os investimentos direcionados para a segurança alimentar também beneficiarão a população por meio do serviço oferecido pelo Prato Popular, que nos primeiros nove meses do ano já distribuiu 75 mil refeições ao preço simbólico de R$ 1,65.
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