Suposto funcionário-fantasma de Edivá Alves investigado pelo MPE
O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou inquérito civil para apurar denúncia de suposta existência de servidor “fantasma” lotado no gabinete do vereador Edivá Alves (PSD).
Segundo o coordenador do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa do MPE, promotor Mauro Zaque, a denúncia foi apresentada de forma anônima e dá conta de que Valdeci Dias Xavier estaria recebendo salário da Câmara sem comparecer ao local, já que trabalharia como caseiro na chácara de propriedade do parlamentar.
O promotor informou ainda que determinou a distribuição do inquérito, mas que ainda não é possível dizer quem ficará responsável pelo mesmo.
Questionado sobre o assunto, Edivá Alves disse que Valdeci trabalhou em seu gabinete durante cerca de um ano e meio, mas deixou o cargo há pouco mais de cinco anos e, depois disso, não continuou recebendo salário.
Acusou ainda o vereador Deucimar Silva (PP) de ser o autor da denúncia e de tê-la apresentado para prejudicá-lo, em represália aos trabalhos que desenvolveu à frente da presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada para investigar envolvimento do progressista no suposto superfaturamento nas obras de reforma realizada na Câmara de Cuiabá.
“Acredito que foi a forma que ele encontrou para tentar inibir os trabalhos da comissão, mas eu não tenho nenhuma preocupação quanto a isso. Nenhum funcionário do meu gabinete é fantasma e nunca foi. Ele realmente trabalhou lá, mas não trabalha mais e nem mora em Cuiabá”.
A CPI contra Deucimar foi proposta pelo presidente da Câmara, vereador Júlio Pinheiro (PTB), após o progressista ter sido condenado pelo Tribunal de Contas do Estado a devolver ao erário R$ 1 milhão, por conta da reforma na Casa.
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