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Domingo - 29 de Novembro de 2020 às 19:12
Por: Folha Max

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Com um placar apertado, de 51,16% e 48,84%, num fato que entra para a história da política cuiabana como a primeira disputa na qual o menos votado no 1º turno foi eleito de virada no 2º turno, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) vai comandar o Palácio Alencastro por mais 4 anos. A reeleição do emedebista significa também a derrota do governador Mauro Mendes (DEM) e dos candidatos já derrotados no 1º turno, Gisela Simona (PROS) e Roberto França (Patriotas), pois todos apoiaram a candidatura de Abílio Brunini (Podemos).

Apesar dos números apertados, Emanuel Pinheiro liderou a apuração do começo ao fim. Ou seja, em nenhum momento o candidato do Podemos esteve à frente durante a totalização dos votos.

Isso significa que a partir de 2021, Abílio e seu candidato a vice, Felipe Wellaton (Cidadania), ambos vereadores, não terão qualquer mandato eletivo. No decorrer da campanha, principalmente no segundo turno, eles já davam como certa a vitória nas urnas, baseados nas primeiras pesquisas de intenção de voto. Inclusive, durante debates, Abílio e Wellaton ignoravam boa parte dos sites e portais de notícias se recusando a conceder entrevistas.

E prometiam, a partir de 2021, se fossem eleitos, acabar com o que eles chamavam de “mamata” da imprensa, ameaçando cortar verbas da Prefeitura de Cuiabá destinada ao pagamento de campanhas institucionais e propagandas relativas à gestão e prestação de contas.

O maior desafio do prefeito Emanuel Pinheiro e sua equipe de marketing e campanha foi administrar a crise de imagem provocada pelo "escândalo do paletó", pois o vídeo do emedebista recebendo maços de dinheiro e colocando no bolson o paletó em 2013 quando era deputado estadual, foi amplamente utilizado durante a campanha nos dois turnos.

Ainda na primeira parte da eleição, Abílio, Gisela e França exploraram exaustivamente a pecha de "corrupto" contra Emanuel Pinheiro o acusado de ser o "símbolo nacional da corrupção".

No segundo turno, uma das estratégias da equipe de Emanuel foi falar abertamente sobre o "caso paletó" e, para isso, o próprio prefeito gravou um vídeo pedindo desculpas e afirmando que se envergonhava das cenas divulgadas, segundo ele, "fora do contexto". O emedebista sustentou que o dinheiro que ele recebia era do irmão, Popó Pinheiro, resultado de dívida de pesquisa eleitoral junto ao então governador Silval Barbosa. O vídeo foi usado na propaganda eleitoral de Emanuel Pinheiro na TV, no rádio e nas redes sociais.

Por outro lado, a equipe do emedebista também passou a jogar com as "mesmas armas" do adversário, procurando desqualificá-lo e afimando que Abílio também estava envolvido em episódios de corrupção. Para isso, exploraram episódios de nomeação de parentes do vereador na Assembleia Legilativa, mas sem de fato trabalhar, afirmando que ele tinha parentes "fantasmas" no Legislativo Estadual.

Exploraram também a questão a atuação de Abílio Júnior enquanto vereador por Cuiabá, citando servidores comissionados e utilização de toda a verba indenizatória, sem fazer qualquer corte ou redução.

A partir de 2021, Emanuel terá como desafio construir uma boa relação na Câmara de Cuiabá, onde 11 de seus antigos aliados não foram reeleitos e também continua respondendo na Justiça ao processo penal contra ele relativo ao vídeo do dinheiro no paletó.





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