Alerta para o vírus
Internações por Covid em hospitais privados de MT crescem 20% Sindicato de estabelecimentos percebeu considerável alta na procura nesta última semana
O Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde de Mato Grosso (Sindessmat) identificou crescimento de 20% nas internações por Covid-19, tanto em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) quanto em enfermarias, nos hospitais privados de Mato Grosso.
De acordo com a diretora-executiva Patrícia West, a rede tem sentido um aumento nos casos em todo o Estado.
“A gente percebeu que nessa última semana começou a aumentar a procura e a necessidade de internação dos pacientes. Aumentaram em torno de 20% as internações em enfermarias e UTIs em Mato Grosso”, afirma West.
Os hospitais privados, no entanto, ainda não estão próximos da lotação máxima das UTIs para o vírus, como ocorreu em meados de julho, quando foi registrado o pico da doença em Mato Grosso.
“Há unidades que não são referência porque são hospitais de outras especialidades, então a taxa de ocupação é menor. Aqueles hospitais gerais tendem a ter o maior número e ter o direcionamento maior para atendimento desses pacientes”, aponta.
“Os hospitais começam a destinar mais leitos para atender os pacientes Covid e isso é feito conforme a demanda. A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 60% em Cuiabá”, completa a diretora.
Patrícia acredita ainda que nenhuma unidade hospitalar privada da Capital deve sofrer com falta de profissionais em uma eventual segunda onda, como foi o cenário vivido durante o pico. Isso porque muitos membros da equipe já tiveram o contato com o vírus na época.
“Não foi reportado para o sindicato nenhum problema que limite a capacidade de atendimento em razão dos afastamentos dos profissionais. O que a gente espera é que nessa segunda onda, a gente tenha um número menor de afastamentos em razão de os profissionais já terem tido contato com o vírus, muitos não manifestaram a doença”, estima.
A diretora do Sindessmat pede para que a população evite aglomerações nas festas de fim de ano a fim de tentar controlar o crescimento de infecções e internações em hospitais.
“Não é nosso desejo que haja novo aumento no número de casos e de pacientes internados. A gente segue recomendando, principalmente em razão das festas de fim de ano, que as pessoas não relaxem. Não é hora de relaxar, estamos próximos a uma vacina, em questão de meses teremos início de vacinação aqui no Brasil também”, finaliza West.
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