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Segunda - 14 de Dezembro de 2020 às 16:28
Por: ALLAN MESQUITA

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Considerado uma das principais lideranças do Democratas em Mato Grosso, o ex-governador Julio Campos, admitiu que as divergências partidárias e a falta de presença de lideranças nas campanhas, impactaram diretamente na eleição de vereadores e prefeitos em 2020. Em entrevista ao FOLHAMAX, Campos avaliou que o DEM precisa passar por uma reestruturação para ter condições de disputar as eleições e trabalhar a reeleição do governador Mauro Mendes em 2022.

“Cometemos alguns deslizes, mas mesmo assim o partido saiu relativamente bem, com 199 vereadores, 25 prefeitos e 10 vice-prefeitos. Agora temos que preparar e reestruturar o partido para 2022, quando vamos enfrentar uma nova eleição estadual para eleger deputado estadual, senador e governador. O partido precisa estar equilibrado para enfrentar uma eleição nesse nível”, disparou.

A fala ocorreu após uma reunião com prefeitos eleitos e reeleitos pelo DEM. Segundo Júlio,o partido recebeu 10% dos votos válidos, o que pode ser considerado pouco, tendo em vista ser a legenda do governador do Estado e de um senador da República.

Campos atribuiu a tímida resposta nas urnas à falta de engajamento das principais lideranças do partido no último pleito. Entre eles, o governador Mauro Mendes, que preferiu se dedicar ao comando do Palácio Paiaguás.

“Temos que reconhecer que o partido falhou com relação a uma presença maior de apoio logístico e de presença física dos dirigentes. Não só da presença da base executiva, exceto do Dilmar Dal’Bosco que estava engajado em todos os municípios que tínhamos candidatos. O governador Mauro Mendes poderia ter participado mais ativamente, não esteve tão presente porque teve que se dedicar ao Estado, que estava numa situação econômica e financeira difícil”, pontuou.

O democrata também reconheceu que o racha no partido e a falta do consenso na disputa suplementar ao Senado também atrapalharam a disputa. Isso porque, durante a campanha, parte do DEM decidiu apoiar a candidatura do ex-deputado federal e candidato derrotado ao Senado Nilson Leitão (PSDB).

“Sem dúvida, isso atrapalhou um pouco. Ficaram sequelas que precisam ser superadas agora. A coincidência da eleição de senador com a eleição de prefeito e vereadores não foi bom para o partido, que se dividiu e ficou rachado. Muitos membros do partido apoiaram Nilson Leitão, outros apoiaram Fávaro e outros a Caronel Fernanda. Então tudo isso atrapalhou no nosso desempenho e tivemos”.

Porém, o ex-governador disse que a prioridade do partido em 2022 será a reeleição de Mauro Mendes. “É natural que o governador estando no cargo seja um candidato forte para a reeleição de governador, se ele entender. Ele ainda não se manifestou a respeito, mas vamos começar a conversar isso a partir do ano que vem”.





Fonte: Folha Max

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