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Domingo - 07 de Fevereiro de 2021 às 10:39
Por: Alecy Alves/Diário de Cuiabá

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Em vez de produtos comuns, como os géis, lubrificantes e preservativos, agora as pessoas compram vibradores e outros brinquedos sexuais que não precisam de parceiros
Em vez de produtos comuns, como os géis, lubrificantes e preservativos, agora as pessoas compram vibradores e outros brinquedos sexuais que não precisam de parceiros

Assim como provocou separações, como apontam pesquisas, o isolamento social gerado pela pandemia do novo coronavírus(Covid-19) também parece ter reaproximado e aumentando a intimidade entre um grande número de casais.

Essa percepção poderia, por exemplo, ser um dos indicativos da explosão da venda de produtos eróticos.

No Brasil, a partir de maio de 2020, esse mercado vem registrando aumento que variaria de 50 a 400%.

Em Cuiabá, tem profissionais da área rindo à toa pelo sucesso em uma atividade cercada de tabus, de falso moralismo e que ainda é motivo de deboche, mesmo entre aqueles que consomem os produtos e publicamente os recriminam.

Sócias da Salto Alto Sexy, uma loja cuiabana virtual, as amigas Juliana Garcia e Luenne Pinho comemoram não só aumento das vendas, mas as conquistas de a pessoas exercerem a liberdade sexual, de falar e buscar o entretenimento e prazer - uma conquista especialmente das mulheres.

No mercado de produtos eróticos há quatro anos, a Salto Alto Sexy nunca vendeu tanto.

Juliana Garcia diz que, a partir de março de 2020, as vendas cresceram 300%.

Ao contrário do que se pode imaginar, esse aumento, garante Juliana, não está relacionado apenas à solidão e ao distanciamento provocado pelos riscos de contaminação pelo vírus.

Ela diz que pessoas solteiras continuam sendo grandes consumidores do setor, mas mudaram o foco.

Ao invés de produtos comuns, como os géis, lubrificantes e preservativos, agora estão adquirindo vibradores e outros brinquedos sexuais que não precisam de parceiros.

Mas, destaca Juliana, o que mais chama a atenção é o aumento das vendas para casais. E, observa, não somente casais jovens, mas de todas as idades.

"Pessoas de trinta, quarenta, sessenta anos ou mais que formam casais que estão juntos há décadas", completa.

Divulgação

Juliana e Kuenne

As sócias Juliana Garcia e Luenne Pinho comemoram aumento das vendas e a conquista de a pessoas exercerem a liberdade sexual,

E essas vendas, diz, vêm cercadas de revelações interessantes, como da reaproximação, da reconquista, do resgate ou aumento da intimidade, do cuidado e da busca por mais prazer.

As sócias Juliana e Luenne lembram que o mercado erótico tem uma infinidade de produtos e não para de inovar.

No catálogo de vendas delas, por exemplo, são mais de 3 mil itens, dos quais ela tem 500 para pronta entrega.

Como são donas de loja virtual, Juliana e Luenne administram três grupos de WhatsApp, cada um com o limite máximo de participantes: 250.

Neles, além de fechar vendas, informam, orientam, divulgam conteúdos sobre saúde sexual e apresentam os lançamentos.

Elas garantem que há produtos para todos os públicos e bolsos, com valores que variam de R$ 5 a 800.

Entre os mais caros e a sensação do momento, contam, estão os vibradores com ondas de pressão e sucção.

Invenção alemã, o preço deles pode vaiar de R$ 500 a R$ 800.

No primeiro mês de 2021, as sócias da Salto Alto Sexy venderam 15 unidades desses novos vibradores, ou seja, uma a cada dois dias.

Foi o recorde em um único mês, completa Juliana.

Além do Instagram, grupos de WhatsApp, pedidos via telefone, elas levam as "malas eróticas" até a casa da clientes, fazem encontros em grupos e podem ser chamadas para despedidas de solteiras, substituindo os tradicionais chás de langerrie pelo chás eróticos.





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