Correligionários de Pedro Henry também negam compra de apoio
O advogado Marcelo Leal, que defende o ex-deputado Pedro Corrêa, argumentou nesta quinta-feira (9) – em sustentação oral no Supremo Tribunal Federal – que todas as testemunhas citadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela defesa citaram que os recursos repassados ao PP (partido do deputado federal mato-grossense Pedro Henry, também réu na ação penal 470) não foram para a compra de apoio no Congresso pelo PT. Segundo ele, os recursos faziam parte de acordo firmado entre PP e PT para pagamento de despesas eleitorais.
Leal negou a coincidência entre o recebimento de recursos e as votações do Congresso. "Está provada a inexistência do mensalão. Está provado que o PP não recebeu para votar com o governo ", disse, pontuando que houve recebimento de R$ 700 mil para pagamento de honorários de um advogado que defendia um dos deputados do partido.
Corrêa é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Durante o escândalo do mensalão, presidia o PP e exercia seu sexto mandato de deputado federal. Ao contrário de Henry, foi cassado em 2006. De acordo com o MPF, como presidente da sigla, ele participou de negociações que levaram ao repasse de pelo menos R$ 3 milhões do valerioduto e ao uso da corretora Bônus Banval para distribuir o dinheiro.
Já o advogado Maurício Maranhão de Oliveira afirmou que João Cláudio Genu só foi incluído na denúncia pelo MPF para que os líderes do PP fossem acusados por formação de quadrilha. "Ele somente cumpriu ordens dados por seus superiores", disse. Filiado ao PP, João Cláudio Genu era assessor do então deputado José Janene (morto) na época do escândalo do mensalão. De acordo com o MPF, ele sacou R$ 1 milhão do valerioduto para o PP. Responde por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
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