Sistema de votação da AL
"Auditoria é impraticável; não tem manipulação", diz Botelho Lúdio Cabral quer levantamento no sistema após 14 parlamentares anunciarem voto contrários a veto
O presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho (DEM) descartou a possibilidade de fazer uma auditoria no sistema de votação da Assembleia Legislativa. Ele apontou que o programa é “totalmente seguro”.
A possibilidade de uma auditoria foi levantada pelo deputado Lúdio Cabral (PT) na sessão desta terça-feira (16).
“Para fazer auditoria, temos que quebrar o sistema, quebrar o sigilo do voto e nós não vamos permitir isso, é impraticável. O voto é secreto, está na Constituição e assim vai continuar”, disse o presidente.
“Não tem manipulação e não tem possibilidade de manipular o painel”, emendou.
O pedido de auditoria foi feito porque 13 parlamentares declararam na tribuna que votaram pela derrubada do veto do governador Mauro Mendes (DEM) ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 36. O deputado Valdir Barranco (PT), que está internado, já havia declarado anteriormente que votara pela derrubada, totalizando 14 parlamentares.
Ocorre que na quarta-feira passada (10) – dia da votação – o placar apontou apenas 11 votos pela derrubada, permanecendo o veto governamental. A votação de vetos ocorre de maneira secreta.
O texto previa a isenção da contribuição previdenciária em 14% dos servidores aposentados do Estado que ganham até R$ 6,4 mil.
Simulação de votos
Botelho alegou que uma auditoria no sistema quebraria o sigilo dos votos dos parlamentares e sugeriu que pode adotar uma simulação da votação.
“Agora, se ele quiser fazer um simulado no sistema para ver se condiz com a realidade, eu estou pronto para fazer. Vamos pegar uns tablets, fazer uma votação simulada e verá se o resultado é diferente ou real. Já fizemos isso”, afirmou.
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