Vacinação contra Covid
Mendes pede medidas “arrojadas”, mas é contra saída de Pazuello Governador do Estado deverá se reunir com o ministro de forma remota ainda nesta quarta-feira (17)
O governador Mauro Mendes (DEM) criticou o Ministério da Saúde e afirmou que o órgão precisa tomar medidas mais “arrojadas” para vacinar a população contra a Covid-19.
O governador, porém, se colocou contrário à demissão do ministro Eduardo Pazuello por entender que uma troca na Pasta seria mais prejudicial do que benéfica.
Na terça (16), a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou nota afirmando ser "necessária, urgente e inevitável" a saída do ministro.
“Na democracia cada um fala e pensa o que quer, mas a demissão de um ministro é prerrogativa do presidente Jair Bolsonaro. Pelo que nós conhecemos dele, eu não acho que ele vai fazer isso porque A, B ou C estão pedindo. O presidente não tem essa característica e se isso não vai surtir efeito prático, só gera desgaste político e, neste momento, nós precisamos de coisas que ajudem a resolver os problemas e não que complique mais”, afirmou Mendes em entrevista a rádio Jovem Pan, nesta manhã.
Nós precisamos ter medidas muito mais arrochadas diante do tamanho do problema que nós estamos vivendo
O governador afirmou que irá solicitar autorização do Ministério da Saúde para adquirir doses da vacina contra a Covid-19 diretamente dos laboratórios.
Atualmente, Mato Grosso - assim como os demais Estados da Federação - só utiliza as vacinas que são disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de Imunização (PNI), e que têm chegado ao Estado de forma lenta e gradual, comprometendo a distribuição aos 141 municípios.
Mendes deve se reunir com Pazuello e outros governadores de forma remota ainda hoje.
“Primeiro nós temos que reconhecer que o Programa Nacional de Imunização é importante, histórico, mas nesse momento, nesta pandemia, não está desempenhando bem. Nós temos na média cerca de 3% de brasileiros vacinados. Existe aí um temor da chamada terceira onda. O vírus varia muito. Então, nós precisamos ter medidas muito mais arrojadas diante do tamanho do problema que nós estamos vivendo”, afirmou.
“A responsabilidade é do Ministério da Saúde de comprar a vacina. Porém, alguns estados brasileiro teriam condições também através das suas secretarias de comprar. Mas há muita dificuldade. Eu, por exemplo, falei com o diretor da Pfizer e ele me respondeu que a Pfizer tomou uma decisão de só negociar com os governos federais. Nós precisaríamos, pelo menos, que o Ministério da Saúde nós liberasse para promover uma negociação direta com outros laboratórios”, acrescentou.
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