"Isenção de aposentados"
“Proposta tem que nascer do Executivo; AL deve respeitar isso” Mendes deu “puxão de orelha” em deputados, mas disse que Governo está aberto ao diálogo
O governador Mauro Mendes (DEM) deu um “puxão de orelha” em público nos deputados estaduais, na sexta-feira (19), após o imbróglio envolvendo a cobrança de alíquota previdenciária de aposentados e pensionistas.
Isso porque a Assembleia Legislativa aprovou um projeto que previa a ampliação da faixa de isenção de contribuição dos servidores, o que consequentemente aumentaria o rombo da Previdência e acabou sendo vetado por Mendes.
"Tinha uma proposta viável lá, mas os deputados não quiseram e fizeram tudo errado. Lamentavelmente, fez tudo errado e tivemos que vetar”, reclamou.
A Assembleia tem que aprender que se eles são legisladores e fazem leis, eles devem respeitar a maior lei desse país que é a Constituição Brasileira, que diz claramente como algumas leis estaduais podem ser elaboradas
O veto foi mantido pelos deputados, que agora montaram uma comissão encabeçada pelo presidente do Legislativo, Eduardo Botelho, e tentam viabilizar uma nova proposta que atenda aos anseios da categoria e também possa ser aceita pelo Governo.
Mendes, no entanto, alega que os parlamentares estão voltando a ignorar o fato de que o projeto dessa natureza deve partir do Executivo. Do contrário, poderá voltar a ser barrado pelo Governo do Estado, por vício de iniciativa.
“Essa nova proposta tem que nascer no Executivo. Pode ser dialogado com o Legislativo e com a sociedade, o Governo está sempre aberto ao diálogo, mas é uma proposta do Executivo”, disse.
“A Assembleia tem que aprender que se eles são legisladores e fazem leis, eles devem respeitar a maior lei desse país que é a Constituição Brasileira, que diz claramente como algumas leis estaduais podem ser elaboradas. Eles têm que respeitar isso, gente”, completou.
Segundo o governador, da forma como o tema está sendo tratado, pode-se continuar “criando ruídos” e gastando tempo e energia de ambos os poderes para reparar o dano.
“É uma perda de energia gigante, porque faz coisa errada, tem que desfazer. Ao invés de cuidar do presente e futuro, a gente tem que ficar arrumando problemas do passado”, criticou.
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