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Segunda - 08 de Março de 2021 às 09:02
Por: Allan Mesquita/Folha Max

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O senador Carlos Fávaro (PSD) lamentou o comportamento negacionista do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) que, segundo ele, motivou o atraso da vacinação contra covid-19 em Mato Grosso. De acordo com o parlamentar, a inércia do Governo Federal colocou o Brasil no fim da fila para aquisição de doses em relação aos demais países.

“Infelizmente pela inércia e negacionismo do Governo no ano passado, o Brasil chegou tarde na aquisição de vacina. Não tinha vacina aprovada, mas já tinha um contrato de pré-compra em andamento. Quando liberou, eles [outros países] já estavam comprando e o Brasil entrou no rabo da fila”, disse na manhã de sexta-feira (5), em entrevista à rádio Conti Cuiabá (103,7 FM).

Essa não é a primeira vez que membros da bancada federal de Mato Grosso direcionam duras críticas contra a desorganização do Ministério da Saúde. Na última semana, o senador Jayme Campos (DEM) chegou a afirmar que Bolsonaro atua de forma incoerente e faz politicagem enquanto milhares de brasileiros morrem vítima do novo coronavírus.

No mesmo tom, Fávaro seguiu dizendo que, diante da falta da competência da União para garantir a celeridade na vacinação, o Congresso Nacional precisou buscar medidas que flexibilizassem a compra de doses.

Na última terça-feira (2), o Senado Federal aprovou o projeto de lei que facilita a aquisição dos imunizantes pela União, pelos governos estaduais e municipais e pela iniciativa privada. O texto é de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e já havia sido aprovada na Câmara.

“O Congresso precisou tomar as rédeas da situação. Nesses 30 dias, o foco foi voltado a aprovar legislações e para aprovar um projeto do presidente do Senado que flexibiliza aquisição de vacinas, inclusive para a iniciativa privada que hoje pode comprar a vacina”, complementou.

Fávaro ainda disse que a medida deve desburocratizar a compra de doses no Estado. Nessa semana, o governador Mauro Mendes (DEM) esteve em Brasília (DF) e visitou a fábrica da União Química, empresa responsável por produzir no país a Sputnik V, vacina russa contra a covid-19.

Atualmente, o Governo do Estado busca a aquisição de até 4 milhões de doses e já possui os recursos em caixa para pagamento. Até o momento o Estado recebeu apenas 251,5 mil vacinas recebidas do Ministério da Saúde. O último lote com 27,8 mil doses da Coronavac - produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac - chegou por volta das 7h40 desta quarta-feira (3), em voo comercial.

“Hoje estão fazendo uma distribuição de vacinas aqui em Mato Grosso com pouco mais de 20 mil doses, isso acaba em poucos minutos. Acredito que vamos poder avançar mais a partir de abril. O Congresso Nacional tomou o protagonismo quando viu a inércia da operação do Governo Federal, mas isso vai demorar um tempo para virar realidade”, finalizou.





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