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Cidades/Geral
Terça - 09 de Março de 2021 às 08:28
Por: Elayne Mendes/Gazeta Digital

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Cerca de 32% dos casos confirmados de coronavírus em Mato Grosso são referentes a pessoas na faixa etária entre 0 e 30 anos de idade. Apesar de não haver confirmações científicas, estudos em andamento em todo o mundo apontam que, diferente da primeira cepa, as variantes do vírus têm atingido de forma mais severa crianças e adolescentes. Levantamento desenvolvido pelo Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aponta que, no Estado, já circula a variante originária no Reino Unido, a qual se espalha com mais facilidade entre as crianças. Nos últimos dias, na Capital já foram registradas mortes de um bebê de 3 anos de idade e de um adolescente de 15 anos. Especialista frisa a necessidade dos cuidados redobrados com os mais jovens.

Até o último sábado (6), o estudante Douglas Arruda Oliveira, 17, estava internado em um leito de unidade de terapia intensiva (UTI) em um hospital privado de Cuiabá, em decorrência de complicações causadas pela covid-19. Dor de garganta foi o primeiro sintoma que ele apresentou, no dia 26 de fevereiro, e logo buscou por atendimento médico, que passou apenas antibióticos e o liberou para ir para casa. No mesmo dia, ele apresentou piora e voltou ao pronto-atendimento, onde fez uma tomografia que apontou que 50% do seu pulmão estava acometido pela doença. Neste momento, ele já apresentava falta de ar, tosse seca e aceleração cardíaca, mas ainda assim foi liberado para tratar em casa.

Na madrugada de domingo (28) para segunda-feira (1º), os sintomas se agravaram, incluindo febre e diarreia. Douglas foi levado novamente para o hospital pelo pai. A tomografia realizada expôs que o vírus já estava em 75% do seu pulmão e ele foi informado de que precisaria ser encaminhado para a UTI, para desespero dos pais e irmã.

Após uma semana na UTI, o adolescente recebeu alta médica e foi transferido para um apartamento, onde continua o tratamento contra o vírus, já que a última tomografia mostrou que ainda está em 50% do seu pulmão. “Tive medo, porque a gente nunca espera que isso possa acontecer. Mas tive todo apoio dos profissionais, médicos, sempre me deixando calmo”, conta Douglas.

A irmã do estudante, Fernanda Arruda Oliveira,13, também foi infectado pela covid-19. Após a internação de Douglas, ela e os pais se submeteram aos exames para confirmar ou descartar a doença. Todos testaram positivo para o vírus. Ela lembra que dentre os sintomas se destacava a dor no peito e a dificuldade para respirar. Diante dos sintomas, foi submetida a uma tomografia que mostrou a presença do coronavírus em 25% de seus pulmões. “Foi um momento difícil, pois toda da nossa família está passando pelo desespero que essa doença causa. Me senti triste e preocupada ao mesmo tempo. Tive medo do meu irmão morrer, mas mantenho a fé que tudo vai melhorar”.





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