Jayme diz que DEM está “acéfalo” e prevê dificuldades para 2022 Senador critica falta de articulação da sigla e pediu maior empenho de Fabio Garcia e Mauro Mendes
O senador Jayme Campos (DEM) subiu o tom nesta quarta-feira (10) ao criticar a "falta de rumo" do Democratas em Mato Grosso. Ele afirmou que, atualmente, a sigla está “adormecida” e “acéfala”.
Em entrevista à rádio Capital FM, ele disse que prevê dificuldades para o DEM nas eleições de 2022 e cobrou mais empenho do presidente do partido, o ex-deputado federal Fábio Garcia, e das demais lideranças, como o governador Mauro Mendes.
“O partido está adormecido. Ninguém foi procurar para fazer essa possível conversação sobre o futuro, para 2022. Eu, mesmo não sendo candidato a coisa alguma, quero que ele [Fábio Garcia] assuma a liderança do partido”, disse.
Se a regra do jogo continuar essa que está aí, é muito difícil o Democratas eleger um deputado federal e corre risco de não fazer nenhum estadual
“Isso cabe não apenas ao presidente do partido, mas acima de tudo ao próprio governador Mauro Mendes, se for candidato à reeleição, de buscar o aquecimento, o fortalecimento do DEM. Hoje, o partido me parece que está meio acéfalo”, acrescentou.
De acordo com Jayme, há mais de um ano que não há convocação para reunião partidária, enquanto outros partidos – como o MDB – já se movimentam no Estado para montar chapas completas para os cargos de deputado estadual e federal.
“Eu defendo a tese de que, no mínimo, deveria ter um executivo do partido para conversar mais política, buscar possíveis candidatos e montar uma bela chapa de deputado estadual e deputado federal”, afirmou.
“O MDB tem até gente contratada para ir atrás de possíveis candidatos para as eleições de 2022”, disse.
Situação complicada
Para o senador, caso não haja mudança na legislação eleitoral, o partido estará em uma situação complicada nas próximas eleições.
Atualmente, não há mais coligações nas eleições proporcionais e os partidos precisam obter sozinhos a quantidade necessária de votos para eleger nomes para os cargos de deputado estadual e federal.
“Se a regra do jogo continuar essa que está aí, sem coligação partidária, é muito difícil o Democratas eleger um deputado federal e corre risco de não fazer nenhum deputado estadual. Vai amassar barro para eleger dois. E mesmo assim, tem que correr atrás”, analisou.
Apesar da acidez, o senador afirmou que ainda acredita ser possível a legenda retornar aos trilhos caso iniciem a movimentação, principalmente por parte do governador.
“Mauro está indo bem administrativamente. Ele não gosta que falem que ele faz pouca política, faz mais administração, mas é o que pode dar mais resultado para ele nas urnas. [...] Mas imagino que pela capacidade do Mauro, o prestígio do governador, é suficiente para tocar a festa”, completou.
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