Empresário é preso em operação contra tráfico de droga sintética em Cuiabá

Bruno Jolando Duran, de 31 anos, é o alvo do mandado de prisão da Operação Dulcis, deflagrada hoje (11) pela Polícia Federal, em Cuiabá. A ação investiga uma suposta associação de pessoas voltada ao tráfico de drogas sintéticas. Foram apreendidos 5.000 selos de LSD, uma das maiores apreensões deste tipo de drogas no Estado. Bruno é apontado pelas investigações como suposto ser líder do grupo e é monitorado por tornozeleira eletrônica.

Ele responde a dois processos, sendo um por violência contra a mulher e o segundo por tráfico de drogas, crime este pelo qual foi condenado há quatro anos e dois meses e, por isso, usa tornozeleira. Bruno foi condenado pelo juiz Francisco Alexandre Ferreira Mendes Neto, em uma ação oriunda de operação da delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) de 2017. A sentença foi dada em abril de 2018.

Hoje, ele foi levado para a sede da PF, ouvido e encaminhado para exames no IML e, em seguida, para a Cadeia Pública do Capão Grande, em Várzea Grande, por conta das medidas de prevenção ao coronavírus - vai ficar de quarentena.

Além de Bruno, é investigado a participação de um aluno da UFMT no esquema. Ele supostamente receberia a droga que chegava do Rio Grande do Sul pelos Correios. Em relação ao estudante foi cumprido apenas um mandado de busca e apreensão. A reportagem do tenta contato com a defesa do investigado.

Esquema

Segundo a PF, o entorpecente era anunciado em grupos de WhatsApp e outras redes sociais restritas aos usuários conhecidos. Posteriormente, entregadores levavam o LSD aos compradores.

A operação tem como objetivo prevenir e reprimir o tráfico de drogas por encomendas postais, uma vez que a compra de drogas pela internet e o envio pelos Correios tem aumentado significativamente, demonstrando uma mudança no perfil dos traficantes e usuários. Os crimes investigados podem resultar em uma pena total de 25 anos de reclusão.