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Politica MT
Sábado - 13 de Março de 2021 às 09:27
Por: Pablo Rodrigo/Gazeta Digital

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Ex-chefe da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), delegado Flávio Stringueta voltou a criticar o Ministério Público de Mato Grosso (MP) por conta do chamado “vale covid”, uma benefício que os membros da instituição recebem desde janeiro no valor de R$ 1 mil.

Porém, desta vez, Stringueta não será ‘punido’ por sua opinião pessoal, como ocorreu no início do mês quando foi desligado da GCCO, após um artigo criticando o Ministério Público por conta dos Iphones e Smartphones que receberão para trabalhar.

A afirmação é do delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso, Mário Demerval. Ao Gazeta Digital, Demerval diz que o novo artigo é apenas uma opinião pessoal de Stringueta e merece ser respeitado. “É uma opinião pessoal e devemos respeitar. Ele expôs o que ele pensa sobre o assunto. Não tem nada demais”, disse.

O posicionamento do delegado-geral difere em relação ao primeiro artigo, que logo após a imensa repercussão, Flávio Stringueta foi convocado pela diretoria da PJC e foi comunicado do seu desligamento do comando da GCCO.

“Naquela ocasião, o delegado Flávio Stringueta estava em um cargo de confiança. E a sua opinião e crítica ao MP não condiz com a relação que temos com o Ministério Público, inclusive naquela unidade. Então para manter essa boa relação que tem dado bons frutos à sociedade e ao Estado, decidimos desligá-lo do cargo”, justifica Mário Demerval.

O chefe da Policia Civil de Mato Grosso ainda diz que atualmente Flávio Stringueta está de licença médica por 30 dias e se encontra lotado na diretoria da PJC. “Ele é um dos melhores delegados que temos em Mato Grosso. Então, assim, que ele retornar, veremos como aproveitá-lo”, completa.

As declarações de Mário Demerval sobre o desligamento de Stringueta da GCCO confrontam com as do secretário de Estado de Segurança Pública (SESP), Alexandre Bustamente, que disse acreditar que a saída de Stringueta não teria “nada a ver” com o artigo crítico ao Ministério Público.

Já o presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público do Estado (AMMP), Rodrigo Fonseca Costa, disse que não pretende tomar nenhuma medida jurídica contra Flávio Stringueta por conta dos artigos. Tal fato ocorreria apenas se alguns dos membros se sentirem ofendidos e pedir alguma medida judicial.

“Só acho estranho que em outra oportunidade no passado, o mesmo delegado foi interpelado pela Associação e depois se retratou publicamente, alegando alguma patologia. Então, é de se estranhar”, disse ao Gazeta Digital .

Sobre o chamado “vale covid”, Rodrigo afirma que o benefício é legal e regulamentado por lei e que vê a verba como algum benefício que também existe no setor privado. “Na iniciativa privada também existe isso. Algumas empresas pagam plano de saúde para os seus funcionários. Então nada mais que normal”, disse.

Neste último artigo publicado nesta sexta-feira (12), Stringueta dá continuidade às críticas aos benefícios que os membros do MP possuem. Desta vez, ele fala sobre o “vale covid”, que garante o pagamento de R$ 1 mil para os membros do MP e R$ 500 para os servidores.

“Por que, nobres cidadãos de bem e fiscais dos fiscais, os ‘doutores da lei‘ precisam de ‘vale-auxílio covid‘? E por que deve ser o dobro dos seus subalternos?”, questiona o delegado.

Ele também afirma que o primeiro artigo causou reações diversas, tanto que acabou perdendo o cargo. Porém, o Ministério Público permaneceu em silencia, diz. “Eu gostaria que algum nobre representante dos ‘doutores da lei‘ do MPE/MT se manifestasse publicamente contrário a esse escárnio, em favor da moralidade e da sociedade. Aguardemos”, diz outro trecho do artigo.

Leia aqui o artigo do delegado Stringueta





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