Negócios no campo
MT lidera faturamento no 1º bimestre em exportações do agronegócio O Estado, o maior produtor de grãos e algodão e tem o maior rebanho de bovinos, lidera vendas internacionais
Mato Grosso soma faturamento de US$ 2,28 bilhões com as exportações de produtos do agronegócio neste primeiro bimestre do ano. As cifras representam 18,95% do total da receita brasileira no período.
O Estado, que é o maior produtor nacional de grãos, algodão e detém o maior rebanho de bovinos, lidera as vendas internacionais, seguido por São Paulo, US$ 2,19 bilhões e o Paraná, US$ 1,40 bilhão.
Apesar da liderança, na comparação anual as vendas de produtos do agro exibem queda de 4,60% quando comparadas ao faturamento de US$ 2,39 bilhões acumulados entre janeiro e fevereiro do ano passado.
Em 2021, o faturamento da pauta agro do Estado somou US$ 993,82 em janeiro e US$ 1,29 bilhão em fevereiro.
No País, o agronegócio brasileiro exportou US$ 6,47 bilhões em fevereiro deste ano, o que representa um incremento de 2,8% em relação ao mesmo mês do ano passado (US$ 6,29 bilhões).
As importações de produtos do agronegócio somaram US$ 1,22 bilhão (+14,9%), portanto, o saldo da balança alcançou US$ 5,22 bilhões.
As vendas externas dos demais produtos que o Brasil exporta subiram 4,5%.
Com este incremento maior nos demais produtos, a participação do agronegócio nas exportações brasileiras caiu de 40,3% (fevereiro/2020) para 39,9%.
De acordo com a análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as exportações do agronegócio foram afetadas negativamente pela queda das exportações de soja em grãos (-US$ 560,64 milhões em valores absolutos).
O declínio das vendas externas da soja em grãos foi compensado pelo incremento de quatro produtos, que totalizaram US$ 585,26 milhões em valores absolutos: farelo de soja (+ US$ 211,62 milhões em valores absolutos), açúcar de cana em bruto (+US$ 158,56 milhões), algodão não cardado nem penteado (+US$ 109,68 milhões em valores absolutos) e milho (+US$ 105,39 milhões em valores absolutos).
De acordo com a SCRI, a queda dos embarques de soja ocorreu em função de dois fatores: o clima seco no início do período de plantio entre outubro e dezembro do ano passado e, mais recentemente, o excesso de chuvas que atrasou o processo de colheita da oleaginosa que ocorre entre janeiro e meados de abril na maioria dos estados produtores.
Desta forma, a quantidade soja em grãos diminuiu quase dois milhões de toneladas, diz o ministério.
Comentários