Protesto dos médicos de Mato Grosso acontece hoje em frente ao TJ
O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT) promove uma manifestação em frente ao Tribunal de Justiça, a partir das 9h de hoje. Eles protestam contra a decisão liminar que autoriza a Prefeitura de Cuiabá a cortar o ponto dos grevistas.
“Vamos nos mobilizar contra a decisão que cerceia o direito constitucional, que é de fazer greve”, diz a presidente do sindicato, Elza Queiroz. Segundo ela, o desembargador Carlos Alberto da Rocha, autor da liminar, já se comprometeu a receber representantes da categoria para debater a questão.
Da reunião com o magistrado deve sair o futuro da greve. Além disso, a categoria aguarda uma resposta do secretário de Saúde da Capital, Lamartine Godoy, que se comprometeu a avaliar a possibilidade de pagar 40% de acréscimo aos salários a título de insalubridade a todos os médicos.
Lamartine afirma que hoje parte dos profissionais recebe metade deste valor por orientação de um estudo realizado em 2009. “Mas o sindicato diz que existe uma decisão judicial de 2008 determinando os 40% para todos. Estamos verificando esta informação”, explica.
A presidente do Sindimed afirma que o secretário também ficou de entregar um relatório sobre as filas para realização de exames e consultas com especialistas. “As informações que temos é que são 10 mil pessoas para fazer um ultrassom, um exame extremamente simples. Essa greve também é por isto, pelas condições de trabalho. Nem estamos reivindicando aumento de salário”, argumenta.
Apesar da paralisação, Lamartine avalia que as negociações estão avançadas e diz acreditar que a prefeitura não deve precisar cortar o salário dos grevistas. “Nós já conversamos e só não chegamos num acordo quanto a este ponto (insalubridade), mas acho que ainda esta semana isso vai estar resolvido”, diz.
Outra reivindicação da categoria é quanto ao atraso no pagamento do prêmio saúde, uma bonificação aos médicos. Conforme Lamartine, o valor só não foi pago porque depende do repasse de recursos oriundos do governo do Estado. “Como ele diz que o problema não é culpa dele, protocolamos um pedido de audiência com o governador. Isto foi feito na terça-feira e até agora não recebemos a resposta”, diz Elza.
Para a presidente, a reunião com Silval Barbosa (PMDB) pode ser determinante também para o fim da greve em Várzea Grande. Os médicos do município estão parados desde 13 de junho. Eles aguardam a apresentação de uma proposta pela prefeitura para firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). (LN)
Comentários