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Sexta - 19 de Março de 2021 às 10:39
Por: Allan Mesquita/Folha Max

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O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, reivindicou ao governador Mauro Mendes (DEM), a aplicação de medidas restritivas mais severas em Mato Grosso. Por meio de um vídeo publicado no Instagram, Fraga apontou que o atual decreto estadual pode ser ineficaz por não impedir a circulação de pessoas.

“As medidas editadas pelo governo têm muito positivas no que diz respeito a abertura de novos leitos em parceira com as prefeituras. No entanto, temos uma posição contrária a prorrogação do decreto com as mesmas medidas que foram editadas 15 dias atrás. Nós esperávamos que fossem aplicadas restrições mais duras e que proibissem a circulação da população da forma que está sendo hoje”, disse.

As declarações ocorrem após a prorrogação das restrições impostas para conter o avanço da covid-19 no Estado. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado na última terça-feira (16) e mantém o fechamento do comércio não essencial as 19h, o toque de recolher das 21h as 5h e outras medidas.

Segundo o governador Mauro Mendes (DEM), a extensão do decreto foi necessária porque o Estado ainda registra um alto índice de contaminação e de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Atualmente há mais de 144 pessoas na fila de espera por um leito.

Para conter o colapso, o Governo do Estado anunciou a abertura de 660 leitos, entre eles 160 UTIs exclusivas para atender pacientes infectados com o novo coronavírus. Fraga elogiou a iniciativa, contudo, declarou que será necessário semanas para que estejam em pleno funcionamento. “As medidas que já foram anunciadas e abertura de leitos clínicos demoram um pouco para acontecer. Enquanto isso não esteja funcionando, nós vamos continuar vendo pessoas morrendo por falta de atendimento nos hospitais”, pontuou Fraga.

No fim, o representante dos prefeitos pediu decretos mais rigorosos, que neste caso seria a decretação do lockdown. Nesse tipo de medida, as pessoas só poderiam sair de casa para ir ao supermercado ou buscar serviços de saúde, por exemplo. “Não adianta baixar toque de recolher as 19 horas se durante o dia as pessoas estão circulando, estão aglomerando, não estão usando máscaras e respeitando o distanciamento físico dentro dos comércios e supermercados”, finalizou.






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