A polícia de Praia Grande, no litoral de São Paulo, fez a reconstituição do assassinato da adolescente de 13 anos encontrada morta no último dia 15 de julho na Rodovia Anchieta, na altura de São Bernardo do Campo. Segundo a polícia, a mãe da jovem, que já confessou o crime, queria enterrar a filha no quintal. O crime aconteceu enquanto o filho de 7 anos dormia em um quarto em frente ao local do assassinato. Outros dois suspeitos de participarem do crime, o pai adotivo da menina, e a atual companheira da mãe, continuam foragidos.
A mãe da adolescente disse que o assassinato aconteceu na sala da casa onde ela morava com os dois filhos. Segundo a Ana Luiza, no momento do crime o filho de 7 anos dormia no quarto da frente. "Ela alega que houve uma discussão muito forte entre a filha dela e essa Elisabeth (namorada da mãe). E a Elisabeth, por ser uma mulher forte, boxeadora, e de personalidade ciumenta, teria agredido fisicamente a filha dela com socos", diz o explica o delegado Luiz Evandro Medeiros.
Depois de ver a filha morta, Ana Luiza disse que foi até o carro buscar um cobertor. "Uma das preocupações que ela resssalvou é que havia o filho dela, de 7 anos, dormindo no primeiro cômodo e por isso arrastaram para o fundo da casa", diz o responsável pelo caso. O delegado acredita que as mulheres queriam enterrar a menina nos fundos da casa. "Eu acho que elas queriam enterrá-la. Lá encontramos uma pequena fogueira onde foi queimada as roupas, encontramos um anel da Beth, demonstrando que o fundo era o local onde elas se desfizeram de todas provas".
O responsável pelo caso está indignado com a versão da mãe e diz que ela foi omissa em relação a morte da menina. "Ela ficou olhando por 5 ou 6 minutos a filha dela sendo socada e disse que ficava afastada. Diz ela que ela tentou conter a mulher e foi jogada para o lado. A reconstituição serviu para mostrar como foi omissa a mãe em ver a filha ser morta", explica o delegado.
Depois da morte da filha, ela chamou o ex-marido Carlos José Bento de Souza, pai adotivo da adolescente, para ajudar a ocultar o corpo da menina, que foi colocado no porta-malas do automóvel. A mãe disse que não participou da ocultação do cadáver da filha. O corpo da menina teria sido levado pela companheira dela, Elizabeth Fernandes dos Santos, e pelo pai da adolescente até as margens da rodovia Anchieta. O cadáver foi encontrado dois dias depois.
Mas a polícia ainda trabalha com outra hipótese para a morte da menina. "Nós temos testemunhas protegidas que trazem a primeira versão. Que o Carlos é traficante e usava tanto a mãe como a adolescente para transportar drogas. E a menina teria perdido uma quantidade de droga e aí surgiu o estresse, a cobrança. A mãe e a Beth decidiram se desfazer da filha para compensar a cobrança das drogas", diz o delegado.
Os outros dois suspeitos de participaram do crime continuam foragidos.
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