Pesquisa revela recuo na intenção de consumo dos cuiabanos em março
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Cuiabá apresentou leve recuo em março, de 0,8%, a segunda consecutiva da pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com o Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio de Mato Grosso (IPF-MT). Os atuais 72,2 pontos registrados neste mês também está 8,7% menor se comparado a março de 2020, quando registrava 79,1 pontos.
Com relação à faixa de renda das famílias, houve recuo mensal de 1,1% para aquelas que recebem menos de 10 salários mínimos (69 pontos), também a segunda consecutiva da pesquisa. No entanto, o ICF apresentou aumento de 1,4% para as que recebem acima disso (101,5 pontos), permanecendo em zona de satisfação em termo de emprego, renda e capacidade de consumo.
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, explica que as novas medidas restritivas no estado podem frear a retomada do consumo. “A pesquisa na capital vem se recuperando do seu pior índice da história, quando registrou 57,2 pontos em agosto de 2020. O aumento de casos em todo país e no estado fez aumentar a insegurança do comerciante e da população, principalmente para as famílias que recebem menos”.
Quatro dos sete componentes da pesquisa apresentaram retração no mês. Com relação ao consumo, o que avalia a aquisição de bens duráveis registrou retração de 9,8%, seguido da perspectiva para o consumo a curto prazo, com recuo de 8,9%, e variação negativa de 2,9% para o nível de consumo atual. Com relação ao emprego, o que avalia a perspectiva profissional apresentou queda de 3,8%.
A pesquisa apresentou melhora para o componente que monitora o acesso ao crédito das famílias, com alta de 6% no mês, o que revela que mesmo com recuo nas perspectivas em relação ao consumo atual, os cuiabanos ainda estão com acesso ao crédito facilitado, com o poder de compra, ainda, garantido. É o que revela no componente que monitora o emprego atual, que também apresentou variação positiva, de 5,1%
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