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Terça - 23 de Março de 2021 às 16:30
Por: Isabela Mercuri/Olhar Direto

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O governador Mauro Mendes (DEM) lamentou o fato de a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) ter rejeitado seu projeto de lei que previa a antecipação de feriados para que o estado tivesse dez dias corridos sem expediente, como medida para conter o avanço do novo coronavírus (Covid-19). “Estamos numa democracia e o poder do governador não é absoluto. Tentamos e continuaremos a tentar fazer aquilo que é certo e respaldado na ciência”, afirmou em artigo publicado logo após a votação.

Somente o deputado Lúdio Cabral (PT) foi favorável à medida. Segundo Mauro, mesmo com esta rejeição, ele pede que a população tome cuidado, pois Mato Grosso está no pior momento da pandemia até então. “Estamos em uma situação crítica, assim como todo o País. Batemos recorde de mortes diárias, chegando a 125 nesta segunda-feira (22). Essas vidas, meus amigos, não voltam. E a dor dos amigos e familiares é sentida por toda a vida. E nós do Governo não podemos ficar inertes: fomos à Assembleia propor que os feriados fossem antecipados, para termos maiores restrições nos próximos 10 dias, além daquelas que já colocamos em vigor”, afirmou Mauro.

“Com ou sem feriados, quero pedir a colaboração de todos para que nos esforcemos para praticar e reforçar o distanciamento social, porque o momento exige isso para salvarmos a sua vida, a vida da sua família e das pessoas que você ama. Somos o estado brasileiro com o menor índice de adesão ao isolamento social por parte da população, de acordo com o Mapa Brasileiro da Covid-19. E isso reflete diretamente no contágio e, por consequência, nas mortes”, completou.

O governador afirmou que entende que é difícil não ir a encontros de família e amigos, mas que neste momento é necessário o esforço. “Não será um decreto ou uma lei, sozinhos, que vão resolver o problema. O contágio ocorre pelo contato humano, e só com a colaboração de toda a população poderemos reduzir a contaminação e as mortes. Precisamos que daqui para a frente haja um pacto pela vida, e uma guerra contra a aglomeração. Que seja um período de reflexão, de distanciamento, de oração, de fé em Deus”, disse o governador.

Mauro pediu que as pessoas não façam festas ou aglomerações, e afirmou que quanto mais rápido for abaixada a ocupação das UTIs, o contágio e as mortes, mais rápido a vida voltará ao normal. Ele também lembrou que o projeto que irá triplicar as multas para quem reincidir em descumprimento do decreto estadual foi aprovado nesta terça-feira (23).

Medidas aplicadas

O governador fez questão de lembrar as medidas que tem tomado tanto para socorrer o setor do comércio quanto a população em geral e a saúde estadual. “Conheço de perto a rotina de empregadores e empregados. É por isso que criamos o Desenvolve Emergencial, prorrogando e concedendo linhas de crédito para que os pequenos, médios empresários e os setores mais atingidos pela pandemia possam segurar as pontas nesse período, de forma a manter as atividades e o mais importante, que são os empregos. Prorrogamos IPVA e licenciamento para a população, não aumentamos nenhum imposto e continuamos com ICMS zero da cesta básica para aliviar o bolso do povo. Estamos com o maior investimento em obras e ações da história, que estão gerando milhares de empregos. Serão criados 52 mil novos empregos diretos e indiretos até final de 2022. Mas só pode trabalhar quem está vivo, só pode procurar emprego quem tem saúde. Teremos tempo para retomar a economia, mas a luta para salvar vidas é urgente”, disse.

Mauro lembrou a criação do auxílio emergencial e a distribuição de cestas básicas, e falou sobre o aumento no número de leitos de UTI. “Mato Grosso tinha não tinha nenhuma UTI exclusiva para a covid no início de março de 2020. Pouco mais de um ano depois, temos 535 para tratar casos de covid, seja as pactuadas, cofinanciadas e próprias. Estamos em processo de abertura de mais 120 UTIs e 500 leitos clínicos. O problema não é dinheiro, meus amigos. Temos recursos para abrir outras centenas. Mas dependemos de profissionais de saúde, que estão escassos, que estão trabalhando no limite. Precisamos de remédios para UTIs, que dependem do Governo Federal. E de vacinas, que estão chegando aos poucos. Estamos negociando com laboratórios para aquisição direta de vacinas, agora que recebemos a permissão de compra pela Justiça e pelo Governo Federal, mas não é um processo que ocorre do dia para a noite”, disse.

“Já distribuímos mais de 600 mil testes para todos os 141 municípios e estamos adquirindo mais 550 mil. Enviamos recursos extras de R$ 70 milhões para as prefeituras ampliarem o combate e a prevenção. Ampliamos o Hospital Metropolitano e o Hospital Estadual Santa Casa. Abrimos o Centro de Triagem, que oferece testagem, atendimento, exames, tomografia e até medicamentos se o médico prescrever. Somos o estado que mais testa a população no Centro-Oeste e o que tem a maior média de UTIs por 100 mil habitantes. Mas se a população não colaborar e praticar o distanciamento e as medidas que todos conhecemos, nunca teremos leitos suficientes. Precisamos de cada um de vocês para superar essa situação difícil e evitar que mais vidas sejam perdidas. Por isso, vamos fazer um pacto pela vida, e travar uma guerra contra a aglomeração”, finalizou.





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