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Cidades/Geral
Sexta - 26 de Março de 2021 às 05:13
Por: Allan Mesquita/Folha Max

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O delegado da Flávio Stringueta não descartou concorrer a algum cargo político se não for reintegrado em suas funções na Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). Sem citar nenhuma sigla, o investigador revelou que, inclusive, já recebeu propostas de legendas partidárias.

“Hoje tem assédio para eu entrar na política, mas não fiz o artigo para isso. Se eu não tiver um tratamento condizente com a da Polícia Civil e, se não me derem local que eu possa continuar prestando meu serviço policial, existe sim a possibilidade de eu aceitar um desses assédios”, disse em entrevista à rádio Vila Real nesta quinta-feira (25).

Stringueta foi afastado de suas funções pela Diretoria Geral da Polícia Judiciária Civil após publicar um artigo detonando a aquisição milionária de aparelhos de ponta, como Iphones 11 e Galaxy Note, para promotores e procuradores do Ministério Público e também Justiça do Estado.

Na quarta-feira (24), o procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, afirmou que Stringueta tentou utilizar o MPE para ganhar visibilidade política com objetivo de pleitear as eleições de 2022. O delegado, por sua vez, respondeu as críticas afirmando que o MPE está “se achando” e sugeriu que o órgão pare de cometer “absurdos” durante a pandemia.

POLEIRO DO MPE

Ele também negou que tenha feito as críticas com interesses politiqueiros. “Eles estão se achando muito quando falam assim: só pararem de cometer esses absurdos que ninguém falará deles. Fico indignado porque eles são os fiscais e não se auto fiscalizam. Querem limpar o poleiro dos outros e não veem o próprio poleiro sujo. Me preocupa muito a fala dele [Antônio Borges] sobre algo que para maioria e até para pessoas de outros Estados é imoral. Para o senhor Borges é algo natural em plena pandemia receber um Smartphone para trabalhar em casa”, complementou.

Embora tenha sido “assediado” por quatro partidos políticos, Stringueta também sustentou que será mais útil no campo investigativo. “Eu tenho muito a contribuir com a sociedade sendo policial. Enquanto eu tiver lenha para queimar nessa atividade, eu vou queimar. Existem pessoas que fazem coisas para ir para política e outras que vão para política porque fizeram alguma coisa, mas não é o meu caso”, pontuou.

ARTIGO POLÊMICO

No artigo, o delegado faz menção ao processo licitatório do Ministério Público Estadual para comprar 400 aparelhos smartphones por R$ 2.232 milhões. Só para Iphone serão gastos R$ 1,6 milhão.

No texto, Stringueta questionou o fato de que professores não recebem os mesmos benefícios para ensinar a futura geração. A publicação foi bastante comentada não só no meio jurídico como também entre os formadores de opinião.

Mesmo depois da repercussão negativa, ele divulgou mais dois artigos fazendo novas críticas ao Ministério Público.





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