Pecuária
Capacidade de abate de bovinos na indústria apresenta alta em MT
A taxa de utilização da capacidade de abates de bovinos na indústria frigorífica de Mato Grosso apresentou alta em fevereiro deste ano, de acordo com relatório divulgado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta terça-feira (30.03). O indicador da utilização real das indústrias ficou em 69,8%, apresentando incremento de quase 4 pontos percentuais no comparativo com janeiro.
As regiões que mais colaboraram para esse cenário foram a sudeste, a oeste e a norte. O menor volume de animais abatidos nesse período – cerca de 347 mil cabeças, correspondente a um recuo de 3,83% -, pode ser explicado pela maior distribuição dos abates diários, visto que em fevereiro foi registrado menos dias trabalhados em relação ao mês anterior.
“Apesar do consumo tímido no mercado doméstico, uma vez que o consumidor final tem destinado suas compras para proteínas mais em conta nesse período de corte no auxílio, as expectativas são de melhora na oferta de gado apto para o abate, tendo em vista que novos lotes de animais engordados a pasto podem começar a ser ofertados no estado”, analisa o Imea.
Isso significa que o cenário atual, uma combinação de baixo consumo de carne bovina no mercado interno, aliado à oferta restrita de animais para abate em MT, deve mudar tão logo os novos lotes de animais estejam disponíveis.
“Com a oferta restrita na maioria das regiões do estado, a escala de abate apresentou pequeno recuo; já no mercado futuro, o contrato corrente demonstrou variação positiva de 0,30%, a média da arroba ficou em R$ 312,58/@ e R$ 303,23/@, respectivamente”, informa o Instituto.
Nesta semana, a relação de troca boi/bezerro novamente apresentou queda. Esse cenário foi justificado pela valorização mais intensa do bezerro de ano.
IBGE
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Já a produção mato-grossense de carne bovina ficou em 1,41 milhão de toneladas – recuo de 7,26% no mesmo comparativo. Contudo, é válido ressaltar que, mesmo com os decréscimos, MT continua sendo o estado que mais abate e produz em todo o país.
Outros estados da região Centro-Oeste também apresentaram decréscimos, sendo os casos de Mato Grosso do Sul e Goiás, com quedas de 9,64% e 7,15% nos abates e de 7,40% e 4,20% na produção, respectivamente. No caso de São Paulo, mesmo com uma queda igual à de MT nos abates, o estado teve um recuo menos expressivo na produção, de 3,84%.
Diante disso, Mato Grosso encerrou 2020 com uma representatividade em âmbito nacional de 17,23% do total abatido e de 18,37% do volume produzido.
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