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Quarta - 08 de Agosto de 2012 às 16:25
Por: Nayara Araújo

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   Em meio à polêmica instaurada após a Justiça Federal suspender licitação e contrato do VLT, a pedido dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, a Associação dos Usuários do Transportes Coletivos do Estado (ASSUT) emitiu nota de repúdio contra a determinação e saiu em defesa do Governo. “Ao contrário do sistema BRT forçado, o VLT é um verdadeiro sistema de grande capacidade, evolutivo e capaz de realmente atender as necessidades da população em curto, médio e longo prazo”, reforça a associação.

  Para reforçar a tese de que o modal traria mais benefícios à Capital se comparado ao BRT, a associação argumenta que estudos comprovam a viabilidade e eficácia do modelo. As afirmações são uma referência aos projetos do coordenador técnico Jean Marie Modest Van Dem Haute (já falecido), conhecido por ser um dos pioneiros do sistema VLT na Bélgica, e que trouxe para Mato Grosso os levantamentos técnicos.

  A suspensão das obras não repercutiu apenas na sociedade organizada, mas também na Assembleia Legislativa. Nesta quarta (8) os deputados dedicaram praticamente toda a sessão matutina para tecer duras críticas a ação. Os deputados Carlos Avalone (PSDB), Alexandre César (PT), Emanuel Pinheiro (PR) e Pedro Satélite (PPS) estão entre os que usaram a tribuna para manifestar opinião contrária ao MP. “Parece que estão utilizando a política de quanto pior melhor e quem sai prejudicado com isso é a população”, disparou Satélite, ao assumir o lugar de Luciane Bezerra (PSB), que se licenciou por 120 dias para fazer campanha.

  Já o presidente da Assembleia José Riva (PSD) vê cunho político na suspensão do contrato e ainda classifica a decisão como eleitoreira. Após disparar contra o MP, alegando que a entidade nunca participou das audiências públicas para discutir o assunto, o social-democrata utilizou a paralisação das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como exemplo. “Quem estava por trás da suspensão do PAC, tem ligação com a do VLT. Assim como a população perdeu muito com a falta de obras no saneamento, será prejudicada e lamentará daqui a 30 anos, a ausência de um modal moderno”.





Fonte: RDNEWS

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