HIV
Curta mato-grossense faz sucesso ao tocar na ferida do preconceito com leveza Em 14 horas, foram 620 visualizações e vídeo poderá ser visto até domingo, dia 04
HIV não é coisa de gente promíscua. HIV não é mais sinônimo de morte. É possível conviver com vírus, sem manifestar os sintomas e manter a carga viral a níveis tão baixos que passam a ser indetectáveis, ou seja, pessoas que vivem com HIV passam a não transmitirem o vírus sexualmente. Estes são alguns dos aprendizados que o espectador vai encontrar no curta metragem “Antes do Mundo Acabar”, contemplado por meio do edital emergencial MT Nascentes da Secretaria de Estado de Cultura, na categoria de Culturas LGBTQI+, por meio da Lei Aldir Blanc.
Desde a estreia do curta na noite de quarta-feira (31.03), foram 700 visualizações em apenas 14 horas, o que é equivalente a duas sessões lotadas em salas de cinemas tradicionais. Se você quiser assistir tem que correr, pois ele vai sair do canal no domingo (04.04). Para assistir, clique em https://www.youtube.com/watch?v=gM4X_EvbbF0&t=2s
Tanto a fotografia, trilha sonora e o desempenho dos atores agradaram o público nos 23 minutos do curta. “Eu assisti e amei. Parabéns! Muito legal como você trata as vulnerabilidades socioeconômicas que perpassam a existência de muitas HIV. Assim como estamos vendo na Covid-19, na vivência com HIV, estamos todos no mesmo mar, mas não no mesmo barco”, disse Luiz Gustavo Arruda, no comentário no canal do Youtube.
Quem assistiu, tem encaminhado o link para mais amigos, pois o curta levanta debates sobre o preconceito entre o próprio público LGBTQI+, a cultura drag, e claro, o desconhecimento sobre o HIV e de que é possível conviver com o vírus tendo uma vida sadia, trabalhando, tendo sonhos, contudo, é um aprendizado os que não têm HIV e precisam também buscar conhecimento sobre o tema.
Há um consenso crescente entre cientistas de que pessoas com carga viral indetectável em seu sangue não transmitem o vírus sexualmente. O tratamento do HIV por meio dos antirretrovirais ajuda na diminuição das chances de transmissão, além de evitar que a pessoa desenvolva a Aids. A diferença entre as duas doenças é quando uma pessoa convive com o vírus sem desenvolver sintomas e a Aids é o estágio avançado da infecção.
Para o idealizador do projeto Lucas Lemos a repercussão do curta tem sido uma grata surpresa. “A gente não imaginava tamanha repercussão. Nos da equipa AMA, junto da Salve Filmes e todos os artistas envolvidos estamos em festa. É em nome de todas e todos que fizeram parte disso que agradeço e convido ao público a ficar de olhos nos passos de Antes do Mundo Acabar, porque esse é só o começo da caminhada.”
*Sinopse*
O filme conta a história de Pedro, um adolescente periférico, que vive com a HIV, gordo e fã de Rita Von Hunty, por isso, sonha em ter um canal no YouTube nos moldes de Tempero Drag para discutir questões sociais, gênero e LGTQI+, contudo, esbarra na limitação financeira para filmar e produzir. Ele conta com a ajuda do casal o maquiador Geovane e músico Ricardo, de classe média, para que ajudá-lo na realização do sonho.
Em meio à pandemia da Covid-19, os amigos ficam receosos a princípio, mas decidem que vão ajudar e que seria melhor Pedro ir para casa deles durante um período de 15 dias, assim, todos se cuidariam juntos, caso pegassem o vírus e não ofereceriam riscos a outras pessoas. No decorrer desse processo de criação, começa a surgir um clima de muita parceria entre os três e uma possível paixão entre o casal e o amigo, que é atravessada pelos vírus e inseguranças de todo adolescente.
*Para quem quer ficar por dentro da produção, o curta está nas redes sociais:
INSTAGRAM: @antesdomundoacabarcurta https://www.instagram.com/antesdomundoacabarcurta/
Facebook: https://www.facebook.com/antesdomundoacabarcurta*
*Ficha Técnica*
Realização: Salve Filmes
Atores: Lucas Fortes (Pedro); Eros Sgorlon (Geovane) ; e Caio Augusto Ribeiro (Ricardo).
Figuração: Rafael Versalli (Entregador de Água)
Direção, Produção Executiva e Roteiro: Lucas Lemos
Produção: Isabelle Fanaia
Assistente de Produção: Emília Top’Tiro
Diretores de Fotografia: João Pedro Régis e Jorge Queiroz
Operador de Câmera: Jorge Queiroz
Operador de Osmo: João Pedro Régis
Iluminação: João Pedro Régis
1º Assistente de Câmera: Gabriel Lenz
Logger: Isabelle Fanaia
Diretor de Som: Bruno Taveira
1º Assistente de Áudio: Isabella Betina
Mixagem: Bruno Taveira e Isabella Betina
Masterização: Gabriel Lenz
Diretora de Arte: Ana Carolina de Mello
Figurino: Ana Carolina de Mello
Maquiagem: Eros Sgorlon
Edição: Sophia Cardoso
Assessoria de Imprensa: Débora Siqueira
Planejamento de Marketing: Lucas Lemos.
Media: Lucas Lemos / Construindo Universos
Comentários