Judicialização do VLT traz prejuízos milionários e trava desenvolvimento
Um dos que mais se manifestam contra o VLT é o senador Pedro Taques, ex-procurador da República. Dos seis candidatos a prefeito de Cuiabá, Carlos Brito, que foi diretor de Infraestrutura da extinta Agecopa (hoje Secopa) também se posiciona contrário. O governador Silval Barbosa e o secretário da Copa Maurício Guimarães estão preocupados porque o bloqueio das obras emperra o projeto e pode levar Mato Grosso ao vexame de não conseguir concretizar o moderno modelo de transporte coletivo.
A Justiça interrompe o processo num momento em que o Estado entra na contagem regressiva de execução dos projetos voltados ao Mundial, especialmente de mobilidade urbana. Cuiabá será uma das 12 sedes. De um lado, o Estado assegura que não há irregularidades e que há tempo hábil para executar as obras. Já os membros do MP asseguram haver uma série de irregularidades, especialmente quanto ao fato do modal ter sido licitado por meio do Regime Diferenciado de Contratações (RDC). Segundo eles, como o VLT não ficará pronto em tempo hábil, o modelo de certame não é o adequado. Demonstram interesse pelo BRT, o que atenderia aos interesses dos empresários que já estão explorando hoje as linhas do transporte coletivo.
Para o governo, o bloqueio é um golpe e traz consequências negativas para a imagem do Estado. Fica com a pecha de incompetente. Primeiro por ter trocado o BRT pelo VLT e, agora, por não concretizar efetivar aos obras do VLT. A população não entende que a barreira foi imposta pelo MP e pela Justiça. Resta saber como ficam os prejuízos do trabalho iniciado pelo consórcio VLT Cuiabá. Quem vai pagar a conta? E como fica a imagem do Estado perante a Fifa? Afinal, a entidade elencou, entre as principais exigências, que a Grande Cuiabá ofereça transporte de qualidade tanto a sua população quanto aos visitantes
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