O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) denunciou, nesta terça-feira, o bioquímico Ênio Luiz Carnetti, 46 anos, acusado de matar a mulher e o filho em Porto Alegre (RS). O crime ocorreu no dia 25 de julho, na residência da família, na zona sul da capital gaúcha.
De acordo com a denúncia, assinada pela promotora Lúcia Helena Callegari, Ênio matou a enfermeira Márcia Calixto Carnetti, 39 anos, com uma faca, por não aceitar a ideia de separação do casal. Segundo o MP-RS, o crime foi praticado mediante meio cruel - houve inclusive golpes não letais no corpo de Márcia, com o intuito de causar sofrimento - e com recurso que dificultou a defesa da vítima, que estava dormindo quando foi atacada.
Na mesma noite, o bioquímico matou o filho, de 5 anos. O crime, de acordo com a denúncia, seria uma forma de Ênio se vingar da mulher. Contra a criança, que dormia no momento do ataque, também foi utilizado meio cruel. Segundo o MP-RS, "alguns golpes foram para causar dor ao filho, sem letalidade".
Duplo homicídio
Os corpos da enfermeira Márcia e do menino Mateus foram encontrados na manhã do dia 26 de julho pela Polícia Militar na casa em que moravam, em um condomínio fechado no bairro Tristeza, em Porto Alegre. As vítimas apresentavam marcas de facada no peito.
Para a polícia, o crime foi motivado por uma suposta traição de Márcia. Carnetti havia imprimido diversos e-mails da mulher, além de um bilhete encontrado no local do crime. O bioquímico teria acessado as mensagens por meio de um software de espionagem.
Após o crime, Ênio se jogou de uma ponte na BR-290 e caiu no lago Guaíba. Ele foi salvo por pescadores da região e levado ao Hospital de Pronto Socorro da capital. Foi após o resgate que a polícia descobriu o crime e o prendeu.
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