Efeito Covid
Com pandemia, cresce acidente com motos na Grande Cuiabá Com a intensificação do serviço de delivery, aumentou o número de acidentes com esse tipo de veículo
Motociclistas ou provocaram ou foram vítimas em 75% dos acidentes envolvendo veículos nas ruas e rodovias no entorno de Cuiabá e Várzea Grande, nos dois primeiros meses de 2021.
A revelação é do titular da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), delegado Christian Alessandro Cabral.
Em janeiro e fevereiro deste ano, 34 morreram nos dois municípios, em decorrência de acidentes de trânsito; em igual período de 2020, foram 30; e em 2019, o número de vítimas fatais foi menor: 12.
O delegado observa que a pandemia da Covid-19 aumentou os acidentes e que motos e motonetas foram os veículos que mais se envolveram em colisões e atropelamentos.
“Com a pandemia houve um incremento muito grande nos serviços de delivery com motos; essa situação contribuiu para a estatística que temos”, diz Christian, acrescentando que os dias com maiores registros são as sextas e domingos.
A frota de motos e motonetas é grande tanto em Cuiabá quanto em Várzea Grande. A Capital tem 455 mil veículos licenciados, dos quais 122 mil são motocicletas e motonetas. Na cidade vizinha a frota é de 183 mil veículos com 61 mil motocicletas e motonetas.
COMPARATIVO – Em 2019, nos trechos das rodovias próximos à zona urbana das duas cidades e em suas ruas ocorreram 146 mortes, sendo 95 em Cuiabá e 51 em Várzea Grande.
Em 2020, com a pandemia, esses números subiram para 190 com 113 na Capital e 77 na cidade vizinha.
O delegado Christian acrescenta que 70% dos condutores dos veículos com vítimas fatais eram homens.
No ano passado, o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) atendeu a 1.501 acidentes com algum tipo de lesão, nas rodovias e na zona urbana.
Desses, 991 em Cuiabá e 510 em Várzea Grande.
Com 257 acidentes, a Avenida Miguel Sutil foi a mais violenta nas duas cidades e, em segundo lugar, a Avenida Fernando Corrêa da Costa, com 243.
A Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251), que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, com 138, foi a estrada mais violenta, seguida pela Palmiro Paes de Barros (MT-040), que faz a ligação da Capital com Santo Antônio de Leverger, com 86.
Em razão da pandemia, as blitzen da Lei Seca, que eram realizadas em operações conjuntas da Deletran com a Polícia Militar, Detran, as prefeituras das duas cidades e a Polícia Rodoviária Federal, estão temporariamente suspensas nas duas cidade.
Mas, segundo o delegado Christian, sua delegacia monitora o trânsito em tempo integral.
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