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Nacional
Terça - 07 de Agosto de 2012 às 12:48
Por: Carlos Santos

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Trabalhadores da GM aprovam acordo (Foto: Carlos Santos/G1)
Cerca de 4.000 trabalhadores da General Motors aprovaram o acordo (Foto: Carlos Santos/G1)

 

Os funcionários da General Motors de São José dos Campos (SP) aprovaram nesta terça-feira (7) o acordo firmado no último sábado (4) entre montadora e Sindicato dos Metalúrgicos. A proposta prevê férias coletivas de 15 dias, mais o "layoff" - medida para suspensão temporária do contrato de trabalho - no período de três meses e 10 dias para 940 funcionários, além da abertura de um Plano de Demissões Voluntária.

A votação foi realizada durante assembleia que reuniu cerca de 4.000 funcionários por uma hora - das 6h20 às 7h20 - no bolsão de estacionamento do setor de Montagem de Veículos Automotivo (MVA), que será desativado no final de novembro. À tarde, funcionários do segundo turno irão votar o acordo.

As férias coletivas devem acontecer a partir desta semana, na quarta-feira (8) ou quinta-feira (9). Já o Plano de Demissões Voluntárias deve ser aberto pela empresa na quarta-feira.

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Antônio Ferreira Barros, os próximos 60 dias serão de intensas negociações. “O acordo foi uma vitória dentro do que foi possível construir. O desafio agora é combinar o processo de negociação junto à empresa, a mobilização com os trabalhadores e a exigência política para garantir o emprego dessas pessoas”, explica.

Apesar de a proposta ter sido aprovada pela maioria dos trabalhadores, muitos deles não gostaram do acordo. Anderson de Almeida, de 39 anos, votou favorável à aprovação. “A gente não fica satisfeito, mas tinha que ser aprovada por nós porque era o que tinha de viável. Mas realmente não é uma boa proposta”, afirma.

Mesmo com o Sindicato afirmando que os próximos 60 dias serão de negociação com a empresa, trabalhadores do MVA ainda temem pelo emprego. “Está todo mundo no mesmo funil. Esses 900 que vão ficar em casa enfraquecem a luta, pois é menos gente na fábrica. O clima deve ficar mais tenso ainda”, afirma Edenilson Márcio, de 43 anos.

O funcionário do setor de manuseio da S10, Cleber Luz, de 33 anos, disse que os trabalhadores aprovaram a proposta por não ter alternativas melhores. “Ficou tudo na mesma, elas por elas. Só estão adiando as demissões”.

Salários integrais
Durante o período de "layoff", os funcionários que estiverem no programa receberão os salários integrais, que serão pagos em conjunto pelo governo do Estado, por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e pela GM. A medida exige que os operários participem de cursos de qualificação.

A proposta foi elaborada após uma reunião de conciliação no último sábado (4) na sede do Centro das Indústrias de São Paulo, em São José dos Campos.

O encontro que definiu o acordo durou cerca de nove horas e teve a participação de representantes da General Motors, do Sindicato dos Metalúrgicos, o secretário nacional de Relações do Trabalho, Manoel Messias Nascimento Melo, o secretário estadual de Relações do Trabalho, Carlos Andreu Ortiz, além do prefeito da cidade, Eduardo Cury (PSDB).






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