Confiança do lojista
Otimismo no comércio recua, mas melhora em relação a 2020 O índice atual está 7,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando somava 109,6 pontos
Apesar da queda de 4,6% no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) em Cuiabá, chegando a 117,6 pontos de abril, a pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com o Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio (IPF/MT), mostra recuperação da confiança dos comerciantes na Capital.
O índice atual está 7,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando somava 109,6 pontos.
A pesquisa é a única que mostra avaliação satisfatória para as empresas do comércio, por estar acima dos 100 pontos, com limite em 200.
Segundo o presidente da Fecomércio/MT, José Wenceslau de Souza Júnior, o otimismo do empresário sempre é fator preponderante para o bom resultado da pesquisa.
“Os empresários estão recuperando a confiança no crescimento da economia. Isso nos motiva, já que o psicológico é o principal fator para a economia ter um bom desempenho”, afirmou.
Outro aspecto relevante da pesquisa é com relação ao indicador de contratação de funcionários.
Apesar da queda de 4,1% sobre o mês anterior, o indicador chegou a 106,6 pontos, mesmo nível verificado em abril do ano passado.
Das 181 empresas entrevistadas, 28,8% pretendem contratar muito, outras 47,5% contratar pouco. No mesmo período do ano passado, eram 17% e 39,1%, respectivamente.
“Com a imunização da população contra a Covid-19 em andamento e a normalidade sendo restabelecida posteriormente, o comerciante voltará a ficar muito mais confiante com o aumento da circulação de pessoas pelas ruas. Estamos caminhando para a retomada do crescimento de forma lenta, mas é o que precisa ser feito, sempre respeitando todas as medidas de biossegurança e, assim, evitar novas medidas de restrição das atividades econômicas”, explicou o presidente da Fecomércio/MT.
ENDIVIDAMENTO - A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) do mês de abril, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com o Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio (IPF/MT), reforça a estabilidade no número de famílias cuiabanas endividadas, com uma leve tendência de queda sobre o mês anterior, chegando a 72,3%.
O percentual está próximo do verificado em janeiro deste ano, que registrou 72,7%.
As famílias com renda mensal inferior a 10 salários mínimos estão mais endividadas, sendo que 17,3% delas afirmaram estar muito endividadas, contra os 6,8% das famílias com renda superior a 10 s.m.
O principal tipo de dívida das famílias de ambas as faixas de renda corresponde ao cartão de crédito (77,1%), seguido dos carnês (35%).
De acordo com o presidente da Fecomércio/MT, José Wenceslau de Souza Júnior, os resultados mostram um bom sinal de recuperação da economia.
“’O quadro nos faz acreditar que a cruel tendência de aumento do endividamento das famílias reduziu em Cuiabá, o que vemos como um bom sinal, e que a recuperação da economia, com as empresas funcionando, fará com que esse endividamento diminua ainda mais”, explica o presidente.
Com relação ao número de famílias que alegaram estar com contas em atraso, a pesquisa apresentou a quarta queda consecutiva e atinge 32,1%, contra 35,8% observado em dezembro de 2020.
Já os que disseram que não terão condições de quitá-las, os consecutivos recuos se estendem até junho de 2020, saindo de 17,2% para os atuais 9,7% das famílias na capital.
Sobre o percentual da renda comprometida com dívidas, 45,1% das famílias afirmaram que têm até 10% da renda atrelada a dívidas, como cheque pré-datado, cartões de crédito, carnês de lojas, entre outras.
No mesmo período do ano passado, este índice atingia 42,5% dos cuiabanos.
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