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Terça - 07 de Agosto de 2012 às 08:14
Por: Glaucia Colognesi

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     Chateado com ação do promotor Miguel Slhessarenko Júnior, que visa barrar o Bolsa Universitária, o criador do programa, o ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB), afirmou que a postura do membro do Ministério Público “é uma insensibilidade de quem nunca foi pobre”. Ele ressalta que o projeto é extremamente importante e que hoje são 1,3 mil estudantes beneficiados. Pontua que o promotor vai prejudicar muitos alunos, que ainda tinham a expectativa de entrar no programa e fazer um curso de medicina, por exemplo.

 

     O tucano lembra que o projeto foi construído a 4 mãos entre prefeitura e Ministério Público e que, na época, o promotor-geral, Marcelo Ferra, inclusive designou um membro da entidade para fazer sugestões ao projeto. “Isso aconteceu quando Miguel Slhessarenko nem estava na Capital". Wilson pontua que o prefeito Chico Galindo (PTB) não é obrigado a cumprir a recomendação e que, só depois que houver uma decisão judicial é que haverá a necessidade de interromper o Bolsa Universitária.

      O argumento do promotor é de que a prefeitura tem papel de cuidar da educação infantil e ensino fundamental e que, enquanto a oferta de vagas em creches e pré-escolas não atenderem plenamente a demanda, o município não pode investir no ensino superior, que é de responsabilidade da União.

      Galindo já afirmou que, mesmo que a decisão judicial seja pela interrupção do programa, a prefeitura vai recorrer. “Se seguirmos a linha de raciocínio do MP, o Governo do Estado não poderia ter criado a Unemat e teria que investir apenas no ensino médio”, pontuou o petebista, na semana passada.

      O Bolsa Universitária é um programa que oferece bolsas em faculdades particulares de Cuiabá a alunos de baixa-renda. Em troca, a prefeitura isenta as instituições parceiras de pagar o ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza). O promotor alega que depois que criou o programa, o município deixou de arrecadar R$ 8 milhões em 2 anos (2009 e 2010), dinheiro que poderia ter sido investido na expansão da educação básica. Na ação, o promotor ressalta que a prefeitura deve acabar com o programa sem prejudicar a continuidade dos estudos dos alunos que já são beneficiados.

      Wilson x Norma

      Wilson também rebateu as críticas da primeira-dama de Cuiabá, Norma Galindo. Em entrevista ao RDTV da semana passada, ela disse que os ex-prefeitos, inclusive o tucano, teriam deixado mais ônus do que bônus e que seriam responsáveis pela rejeição que Galindo enfrenta nas ruas.

      O tucano avalia que todos os ex-prefeitos são dignos de aplausos e fizeram tudo que estava ao alcance. “A cidade é o resultado dos administradores e do povo. Acredito que acertei mais do que errei”, finalizou.





Fonte: RDNEWS

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