R$ 3,2 bi de superávit
Sefaz: se não tomasse medidas, MT teria 9 anos de arrocho Secretário diz que decisões de Mendes em 2019 evitaram que Estado pedisse socorro à União
O secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, afirmou que as medidas – algumas até mesmo impopulares – tomadas pelo governador Mauro Mendes em 2019, no início de seu mandato, evitaram que o Estado pedisse socorro ao Governo Federal e fosse sentenciado a nove anos de arrocho econômico.
“Se ele não fizesse o que fez, o caminho seria o regime de recuperação fiscal. Nós teríamos nove anos de arrocho. Seriam nove anos de arrocho”, disse à imprensa, nesta semana.
“Nove anos com o aumento de carga tributária, endurecimento e arrocho salarial para os servidores públicos. Nove anos sem lançar novos concursos públicos, a não ser para a saúde e educação”, acrescentou.
Se ele não fizesse o que fez, o caminho seria o regime de recuperação fiscal. Nós teríamos nove anos de arrocho. Seriam nove anos de arrocho
Na avaliação de Gallo, o chefe do Executivo tomou a decisão mais racional e teve coragem de partir para o enfrentamento político ao optar por fazer um ajuste interno, resultando em dois anos na injeção de R$ 6 bilhões em investimento em 2021 e 2022.
O secretário citou, por exemplo, as escolhas de Mendes em ajustar despesas obrigatórias e respeitar as regras de responsabilidade fiscal, cortar benefícios fiscais indevidos e fazer ajustes no Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab).
“Foi feito esse grande pacto por Mato Grosso e, em dois anos, o Estado se recuperou. As finanças públicas de Mato Grosso estão recuperadas”, disse.
Cenário catastrófico
Na ocasião, Gallo lembrou que o governador recebeu o Estado com R$ 3,5 bilhões de restos a pagar e um orçamento completamente desequilibrado.
“Era um orçamento em que você tinha gastos obrigatórios previstos acima do que você arrecadaria naquele exercício. Quer dizer, você vinha acumulando despesas sucessivamente. Se você pega a linha histórica dos últimos dez anos, fica bem evidente isso”, afirmou.
Hoje, o Estado conseguiu reduzir os restos a pagar para R$ 1,8 bilhão, mas Gallo fez uma ressalva de que todo esse montante possui lastro e não é um problema para o Governo, que hoje “surfa” em um superávit de R$ 3,2 bilhões.
“É o que o governador tem dito que foi a virada de chave no Estado de Mato Grosso. Foi quando de fato nós saímos de um orçamento desequilibrado, deficitário, em que o Estado gerava mais despesa do que receita e vinha acumulando, sucessivamente, fornecedores em atraso, salários em atraso, como tava no início de 2019”, disse.
“Enfim, todo um colapso que nos levaria, certamente, a um pedido de socorro ao Governo Federal”, completou.
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