Catadores reclamam do descarte irregular de máscaras e objetos de pessoas com Covid-19 em Cuiabá: 'Risco constante' Presidente de cooperativa disse que o risco de doenças entre os trabalhadores de recicláveis aumentou durante a pandemia.

Os catadores de materiais recicláveis pedem para que a população separe os objetos contaminados para evitar a proliferação do coronavírus entre os trabalhadores de Cuiabá. Durante a pandemia, dos 37 catadores da Cooperativa de Catadores e Trabalhadores de Materiais Recicláveis (Coopemar), 13 foram infectados pelo vírus.

Na última terça-feira (18), cerca de 400 catadores e pessoas que fazem a pesagem do lixo levado nos caminhões de coleta foram vacinados contra a Covid-19 na capital.

O presidente da Coopemar, Wanderley Cavenaghe, disse que o risco de doenças entre os trabalhadores de recicláveis aumentou durante a pandemia. Ele pede para que os moradores tenham cuidado na hora de descartar o lixo contaminado.

“Recebemos muita máscara nos materiais e, por isso, o risco é constante. Pedimos um pouco mais de consciência. Nosso trabalho é exposto mesmo, mas se tiverem um pouco mais de cuidado vai ajudar bastante. Não colocar máscaras junto com os materiais recicláveis ajuda a evitar a contaminação dos catadores”, orientou.“.

A Vigilância Epidemiológica de Cuiabá recomenda que após utilizadas, as máscaras faciais devem ser jogadas na lixeira do banheiro, junto com o papel higiênico, ou então, devem ser embaladas em um saco plástico para não se misturar com os demais objetos, desde que não sejam recicláveis.

Quando a pessoa estiver fora de casa, segundo a Vigilância, o ideal é levar um saco plástico para guardar a máscara até chegar em casa e fazer o descarte correto.

O secretário-adjunto de Serviços Urbanos, Anderson Matos, disse que além da questão da insalubridade e exposição ao coronavírus, os catadores de resíduos sofrem com o preconceito.

“Infelizmente ainda são discriminados, mas são trabalhadores fundamentais para a sociedade e para o meio ambiente porque eles fazem um trabalho digno, honesto e, acima de tudo, um trabalho que ajuda as próximas gerações. A partir do momento em que você está coletando um vidro para um local adequado para dar a destinação correta final, você já está ajudando o meio ambiente”, disse.