3ª onda da pandemia
Fiocruz: negacionismo fez MT ter uma das maiores mortalidades Diego Xavier afirma que se não houver mudança a tendência é seguir com o vírus em alta
Nos últimos dias Mato Grosso vem enfrentando uma nova alta de contaminação de Covid-19, chegando a ultrapassar a marca de 400 mil casos. Com quase 2 mil infectados a cada dia e a ocupação das UTIs superando os 90%, a população está em alerta para o que parece ser a terceira onda do vírus.
Em entrevista ao MidiaNews, o pesquisador da Fiocruz, Diego Xavier, afirma que a piora em contaminação e ocupação é reflexo do negacionismo tanto dos gestores quanto da população no decorrer da pandemia. Além da falta de fiscalização por parte do governo após o afrouxamento das medidas restritivas.
"Um estado que se vangloria de ser o celeiro agropecuária do Brasil, que gera renda, que tem recursos financeiros pra cuidar da sua população, ter o número de óbitos próximo ao do Amazonas, isso é falha na política de gestão que foi adotada. Principalmente pautada no negacionismo", disse ao MidiaNews.
Infelizmente a gente tem os gestores do nosso país que incentivam esse comportamento e as pessoas estão frequentando festas, bares, se aglomerando, então é uma situação difícil que estamos vivendo. As pessoas estão naturalizando esse problema, achando que dessa forma o problema vai deixar de existir.
Confira a entrevsita na íntegra:
MidiaNews - O senhor acredita que a terceira onda já esteja consolidada em Mato Grosso?
Diego Xavier - Eu não gosto muito desse termo de onda, porque uma onda pressupõe uma diminuição e não chegamos a ter uma diminuição. Quando chega na Europa, percebemos essa diminuição, vemos que os casos chegam próximos de zero e depois voltam a subir. No Brasil como um todo e em Mato Grosso também, é alguma diminuição, mas com uma retomada muito rápida. Então não conseguimos nem fazer os casos diminuírem para que tenhamos um comportamento de onda.
O que a gente tem observado é uma retomada de um número de casos e de internações bastante precisa no Estado. Quando a gente olha para as médias móveis, por exemplo, a gente tinha uma diminuição que vinha acontecendo até o dia 9, 10 de maio e que hoje [a entrevista foi concedida dia 25], temos essa retomada com o número de casos e o mesmo com internação. Está havendo de novo uma busca por leito de UTI para tratamento de Covid. Isso a gente tem notado e, inevitavelmente, se as pessoas continuarem a adotar esse comportamento de voltar ao seu cotidiano de qualquer jeito, não tem segredo: os casos vão voltar a subir e as pessoas vão voltar a ficar doentes e se internar.
Se a gente for olhar para o ano passado, no Estado, olhando as médias móveis, no final de julho a gente tinha cerca de 45 óbitos diários pela doença. Hoje, 24 de maio, estamos em 34. Então estamos muito próximos do pior que vimos ano passado, nesse ano a gente chegou na média móvel, em abril, de 91 óbitos diários. Então a gente está numa situação similar a do ano passado, em termos de óbito, e isso não tem trazido mais nenhum tipo de comoção para as pessoas. Elas estão simplesmente tocando a vida como se o problema não existisse.
Infelizmente a gente tem os gestores do nosso País que incentivam esse comportamento. E as pessoas estão frequentando festas, bares, se aglomerando. É uma situação difícil que estamos vivendo. As pessoas estão naturalizando esse problema, achando que dessa forma o problema vai deixar de existir.
Se as pessoas continuarem fazendo isso, vamos voltar a ter um aumento. E pior: podemos ter que enfrentar novas variantes que podem trazer uma nova infecção para pessoas que já tiveram e também para aquelas que tomaram vacina. Esse é o tipo de risco que estamos correndo. É acreditar que o problema vai se resolver sozinho, mas ele não vai. Essa doença não vai embora só porque a gente quer. Ela vai continuar aqui. E quanto mais as pessoas se expuserem, maior a chance de ter surgimento de novas variantes e maior chance de ter aumento dos casos e consequentemente dos óbitos. Já estamos vendo esse aumento do número de casos acontecendo. Já estamos vendo a o aumento no número de internações e depois vamos ver o aumento no número de óbitos.
Tem sido assim desde o início. Desde o início a gente tem repetido as mesmas medidas, mas esse problema de comunicação, essa falta de entendimento da população, é o que está nos fazendo chegar nessa situação. E por outro lado, temos um incentivo de líderes, né? De governantes, a fazer aglomerações. A fazer passeatas de moto, enfim... Então, estamos numa situação pior do que a do ano passado e, mesmo assim, vemos o pessoal apoiando esse tipo de comportamento, principalmente por parte do presidente da República.
MidiaNews - Então o senhor teme que a terceira onda possa ser pior que a segunda?
Diego Xavier - A primeira vez que falei com vocês, disse que essa doença pune quem a ignora. Todo mundo achava que o problema ia se resolver sozinho, porque desde o começo acreditavam em solução fácil em vez de procurar resolver um problema que é complexo.
Então não adianta: se continuarmos fazendo as mesmas coisas, não tem como achar que vai haver um resultado diferente, porque não vai. Se continuarmos ignorando o problema, ele vai continuar nos punindo.
Então, acreditou-se numa imunidade coletiva e aí houve o surgimento de novas variantes. E é absurdo esperar imunidade de rebanho em uma doença com alta letalidade e gravidade como essa.
Investiu nisso e o resultado que temos é o número de óbitos que estamos acumulando. Se Mato Grosso olhar para o Mato Grosso do Sul, que adotou em alguns momento políticas diferentes, vai ver a diferença absurda do número de óbitos. Mato Grosso do Sul apresenta a condições de população e climáticas semelhantes. Lamentável, né? Um Estado que se vangloria de ser o celeiro agropecuária do Brasil, que gera renda, que tem recursos financeiros para cuidar da sua população, ter o número de óbitos próximo ao do Amazonas, isso é falha na política de gestão que foi adotada. Principalmente pautada no negacionismo.
MidiaNews - Por que estamos entrando em uma terceira onda se já estamos vacinando?
Diego Xavier - O processo de vacinação ainda é lento. E mesmo com a vacinação, teremos que continuar tendo os cuidados, porque o que a gente sabe dessas vacinas de primeira geração é que elas evitam casos graves, mas ela não evita que as pessoas transmitam a doença, por exemplo. Então a pessoa que se vacina e tenta levar a vida como se não existisse problema nenhum, ela pode estar transmitindo para uma outra pessoa.
E todo problema que estamos passando leva tempo para ser resolvido. E ainda perdemos muito tempo discutindo solução simples, pílula mágica, isolamento vertical, quando a gente sabe que, do ponto de vista epdemiológico para uma doença desconhecida, isso é um equívoco.
Eu acompanhei, principalmente em Mato Grosso, alguns presidentes de associação comercial falando sobre conduta terapêutica médica e tratamentos precoces. Não existe tratamento precoce para essa doença. O único tratamento precoce é não pegá-la.
E é isso que desde o início, quem entende e estuda sobre o problema tem recomendado. Evite pegar a doença, evite estar em aglomeração, use máscara, lave as mãos. Se você evitar pegar a doença, você não vai ter problema. Esse é o único tratamento precoce que a gente tem apontado.
Agora, o que a gente viu e continua vendo, principalmente em Mato Grosso, é continuar negando o problema, continuar achando que o problema é menor, é continuar achando que existe um tratamento milagroso respaldado em autonomia médica que não condiz com o que a ciência traz.
O médico tem autonomia sim pra fazer o seu tratamento, mas o médico precisa entender por que está prescrevendo esse medicamento e não adotar um posicionamento político, porque ficar receitando remédios que foram descartados pela ciência, e mesmo assim manter esse tipo de conduta terapêutica. Isso é um posicionamento político, não tem nada a ver com ciência.
A tendência a gente retorne para aquela situação lamentável com número de casos e óbitos muito altos e infelizmente tendo que tomar medidas mais restritivas novamente, prejudicando setores comerciais, muitos deles que não tem relação com o aumento da doença.
Infelizmente, esse tipo de posicionamento que todo Estado tem adotado, inclusive distribuindo o kit-Covid para 141 municípios. Esse tipo de conduta levou a situação ao caos que a gente está enfrentando. Basta olhar e comparar o Mato Grosso, toda a sua riqueza, com outros estados muito mais pobres que a gente vai ver que a taxa de mortalidade não é razoável.
MidiaNews - Até agora Mato Grosso, por exemplo, só vacinou 7,6% da população com a segunda dose. Neste ritmo atual de vacinação, quando conseguirá uma trégua no número de casos?
Diego Xavier - Temos observado que em algumas faixas etárias mais idosas, houve redução no número de óbitos, de hospitalizações. O problema é que se você for olhar a média de vacinação em Mato Grosso, o percentual de primeira dose em relação ao restante do Brasil, você vê que o Estado tá muito abaixo.
Enquanto o Brasil, da população acima de 18 anos, já aplicou pelo menos uma dose a uns 26% das pessoas, Mato Grosso fez isso em 21% das pessoas. Quando olhamos a segunda dose, vemos que, enquanto o Brasil, como um todo, já a aplicou em 13% da população acima de 18 anos, Mato Grosso fez isso em 10%.
Isso mostra que a gente tem uma velocidade baixa de vacinação no Estado, mas isso também é em função da pouca vacina disponível, por isso a velocidade de vacinação também diminui.
E isso tudo é fruto da falta de uma política adequada para buscar a vacina, principalmente em 2020. Quem tem que buscar vacina não é o governador do Estado, não é o prefeito, é o Ministério da Saúde. Então se hoje a gente tem uma velocidade de vacinação curta, isso é reflexo na política malfeita lá atrás.
Mesmo que a gente aumente o ritmo da vacinação e chegue a pelo menos a 60% do total de pessoas vacinadas, que pode garantir alguma imunidade de grupo - ainda não se sabe exatamente -, isso vai levar tempo.
Isso vai levar muito tempo porque depende da vacina chegar, de fazer a aplicação na população e de que a gente consiga manter o fluxo contínuo de envio de matéria-prima. Que tenhamos parceria com quem dependemos nesse momento para enviar esse insumo, principalmente a China. Então, a gente precisa ter uma relação diplomática razoável.
O tipo de discussão, principalmente do ponto de vista político, sobre comunismo, o capitalismo, direita ou esquerda, não ajuda nada o Brasil nesse momento. Aliás, atrapalha.
E é isso que estamos enfrentando. Vemos o Instituto Butantan com dificuldade para produzir sua vacina por falta de insumo. Também a Fiocruz com dificuldade por falta de insumo. O mundo todo demanda desse tipo de recurso. E enquanto debatermos questões menores, principalmente no campo das relações exteriores, atrapalhando esse processo, mais tempo vai levar para vacinar toda a população e mais tempo ficaremos em risco, porque as pessoas estão se movimentando de qualquer jeito, as pessoas estão naturalizando mais de 2 mil mortes por dia.
Infelizmente, não temos um programa sério de testagem, de rastreio de caso. Então o único indicador que os gestores olham no final é a ocupação de leito de UTI. E você não combate uma epidemia só tratando caso grave, você combate uma epidemia evitando que casos aconteçam. Mas para isso você precisa de uma população conscientizada e que o poder público faça sua parte, testando, evitando situação em que as pessoas vão se aglomerar...
MidiaNews - Mato Grosso, especialmente nas regiões produtoras, é um Estado com forte apoio ao presidente Jair Bolsonaro, que é um negacionista da doença. Isso pode explicar, ao menos em parte, o grande número de casos e mortes no Estado?
Diego Xavier - Sem dúvida nenhuma. Basta a gente olhar os números. Eu tenho família em Mato Grosso, conheço muita gente de Mato Grosso. E quando olhamos a taxa de óbitos do Brasil, vemos que o Estado, que se orgulha tanto da riqueza que produz, só tem uma taxa melhor, ou seja, uma taxa de mortalidade menor, que Rondônia e o Amazonas. É a terceira maior taxa de mortalidade pela Covid no Brasil. Consegue ficar à frente do Rio de Janeiro, que tem áreas extremamente problemáticas.
O Estado também oferece acesso aos locais de atendimento muito melhor que Rondônia ou o Amazonas, onde a pessoa precisa enfrentar rios e estradas péssimas. Mas mesmo assim, vemos esse número assustador. Mato Grosso consegue ser pior do que todos os estados do Nordeste, e estamos falando de vários estados que têm problemas econômicos graves, que não produzem riquezas que Mato Grosso produz. Não é razoável essa situação do Estado.
A estrutura de saúde de Mato Grosso a gente sabe que é maior que nesses outros lugares. Então esse volume alto de óbitos só podemos atribuir a uma outra causa, que não seja a economia e dificuldade de acesso da população. E se formos olhar essas outras situações e o histórico do que aconteceu no Estado, vemos que foi um processo de negacionismo. De negar a doença desde o início. Quando ela estava para chegar, se acreditava que o Estado era muito quente e não chegaria; depois disso achar que haveria uma solução fácil, de tomar um remédio para evitar uma doença de origem viral.
Se fôessemos um país em que a doença estivesse extremamente controlada, com níveis baixíssimos de contágio e óbitos, teríamos sim um grande problema para enfrentar com a chegada da nova variante
Isso tudo faz com que a gente chegue nos números lamentáveis que estamos vendo agora no Estado e que não era para estar acontecendo ainda. Mato Grosso tinha plenas condições de não estar amargando essa situação de ter uma das maiores taxas de mortalidade do País.
MidiaNews - O lockdown não é aceito pela população e não parece estar nos planos da classe política. Diante disso, o que é possível fazer para minimizar a escalada desta terceira onda?
Diego Xavier - A recomendação sempre foi a mesma, evite se aglomerar. Essa doença passa de uma pessoa pra outra pessoa, você só vai pegar essa doença se você tiver num local onde tem alguém infectado e você entra em contato com o vírus. Se você não se expor a esse risco, você não vai pegar a doença. Esse é o tratamento precoce.
A conduta individual da sociedade é o único tratamento precoce contra essa doença. Você não vê um remédio para varíola, para sarampo, catapora, para doenças virais. O que você faz? Vacina. E se a pessoa tiver com a doença, você isola essa pessoa pra não transmitir. É a mesma coisa. Então, a recomendação é a mesma, que as pessoas evitem situações de risco. E o que é a situação de risco? É uma aglomeração, principalmente em locais fechados, sem ventilação nenhuma. Esse é o local de maior risco.
Segundo, se a pessoa vai sair de casa, saia com uma máscara, com uma máscara adequada, não a tire. A máscara não é só para você, é para os outros, é uma medida coletiva, não é individual.
Tem gente que está começando a se vacinar agora e está abandonando o uso da máscara, isso é um erro. Porque a pessoa ainda pode ter a doença e ela ainda pode transmitir essa doença para outra pessoa. Então, use a máscara da forma correta, o que cada um fizer vai contribuir no geral para sociedade. Isso por parte da população.
Por parte do poder público, a gente precisa intensificar a fiscalização a quem está descumprindo os decretos. Não é razoável que você puna todo o comércio. Fazer um lockdown e depois, quando faz a reabertura, você tem casa de evento funcionando sem fiscalização nenhuma, barzinho com música ao vivo e ninguém usando máscara, todo mundo falando alto, consumindo bebida alcoólica. E se esse tipo de situação, esses eventos que chamamos de superespalhadores. Vão fechar a ótica da cidade, a lojinha, o mercadinho do pequeno empresário, que depende daquilo pra manter a família. Então, o poder público precisa fiscalizar esse tipo de situação e punir, porque não dá mais para contar com bom senso das pessoas depois de mais de um ano de recomendações. Sempre repetimos a mesma coisa e não muda.
Não dá mais para gente criar um posto de triagem e ficar esperando as pessoas doentes virem se testar. Não, a gente tem que começar a ir atrás desse caso. A gente precisa testar uma pessoa biopositivo e precisa ir pra rua, procurar com quem essa pessoa teve contato, testar essas pessoas com quem ela teve contato e ir isolando. É assim que a gente interrompe uma cadeia de transmissão de um vírus. Não é ficar no postinho, no centro de triagem esperando as pessoas, isso é ser reativo, a gente precisa ser proativo.
Precisamos antecipar o problema e não esperar o problema chegar, com lotação de UTI e número de óbitos assustador. Se continuarmos fazendo do mesmo jeito, não teremos um resultado diferente.
MidiaNews - O que se sabe sobre a variante indiana, que chegou ao Maranhão há poucos dias?
Diego Xavier - Temos relatos de exames dessa nova variante da Índia, que chegou primeiro no Maranhão. Mas o importante é o seguinte: a variante só aparece quando a situação está descontrolada. Você não ouviu falar de variente do Vietnã, da Nova Zelândia, porque lá a doença estava controlada.
Aqui no Brasil já tivemos a de Manaus, a do Rio de Janeiro. Estamos numa situação extremamente descontrolada. Então, o impacto que essa variante pode trazer, nessa situação caótica em que já vivemos, pode nem ser tão grande.
Se fôssemos um país em que a doença estivesse extremamente controlada, com níveis baixíssimos de contágio e óbitos, teríamos sim um grande problema para enfrentar com a chegada da nova variante. Mas já temos uma situação extremamente caótica. Pode piorar por conta dessa variante? Pode até piorar, mas isso só vamos saber com o tempo.
MidiaNews - Algumas cidades de Mato Grosso voltaram a suspender a aplicação da segunda dose da Coronavac. Caso tome a segunda dose com atraso, a pessoa terá como saber se está efetivamente imunizada contra a Covid? Ela precisará fazer algum teste de anticorpos?
Diego Xavier - Não, não tem se recomendado fazer teste de anticorpos para quem está tomando vacina, até porque não temos volume de teste suficiente para fazer isso.
A Coronavac foi desenvolvida com a janela de intervalo que é prescrita na bula. Então se a gente ultrapassa esse limite, ainda não sabe o que pode acontecer, porque não existem estudos.
A recomendação que tem sido feita é: tome a vacina mesmo se você já tiver passado essa janela de eficácia. Tome! A tendência é que ela melhore a imunidade que você já adquiriu na primeira dose. Mesmo fora desse intervalo.
Ela não vai te fazer mal, pode não fazer tanto bem quanto ela faria se fosse tomada dentro dessa janela de intervalo, mas não vai te fazer mal. Então, essa é a recomendação que estamos tendo até o momento.
MidiaNews - O fato de termos estabilizado em um patamar muito elevado vai contribuir para que a terceira onda seja mais grave?
Diego Xavier - A gente teve uma tendência de diminuição depois desse fechamento que a gente teve no início do ano, mas estamos observando de novo uma tendência de aumento em um nível muito alto. A tendência a gente retorne para aquela situação lamentável com número de casos e óbitos muito altos e infelizmente tendo que tomar medidas mais restritivas novamente, prejudicando setores comerciais, muitos deles que não tem relação com o aumento da doença.
Infelizmente a gente vai ficar assim até que se adote alternativas diferentes ao que a gente vem fazendo.
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