Aedes aegypti
MT passa a apresentar alto risco de contaminação para dengue Neste ano, foram confirmados cinco óbitos em decorrência de dengue e outros dois estão em investigação
Após cinco meses com a classificação de baixo a médio risco de transmissão de dengue, Mato Grosso passou a apresentar alto risco de contaminação pela doença. No Estado, já são 13.319 casos registrados desde janeiro deste ano, o que representa uma incidência de 387,0 notificações por 100 mil habitantes.
A quantidade, no entanto, representa uma queda de 57,3% se comparado ao mesmo período de 2020, quando foram contabilizados 31.210 casos de dengue. Até o momento, foram confirmados cinco óbitos em decorrência da infecção e outros dois estão em investigação. Os dados são do 6º informe epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT).
Dentre os 141 municípios mato-grossenses, 52 apresentam a categorização de alto perigo para a dengue. Entre eles, estão Chapada dos Guimarães, Nova Brasilândia, Araputanga, Glória d'Oeste, Indiavaí, Lambari d'Oeste, Mirassol d'Oeste, Reserva do Cabaçal, Campo Verde, Dom Aquino e Sinop. Nesta última cidade, por exemplo, já são 874 notificações, o que corresponde a uma incidência de 624,6 por 100 mil pessoas.
Já dados do Ministério da Saúde (MS) referentes a exames de biologia molecular e isolamento viral, em que é possível detectar o sorotipo de dengue, mostra que o DENV-2 predomina em Mato Grosso. Existem quatro sorotipos conhecidos de dengue, sendo eles, o DENV-1, o DENV-2, o DENV-3 e o DENV-4, todos presentes no país. O tipo 2 ocorre quando o indivíduo é infectado pelo segundo sorotipo do vírus, que é considerado um dos mais agressivos.
O documento da Ses-MT aponta ainda que o Estado tem baixo risco de transmissão para zika e a chikungunya, contabilizando, respectivamente, 158 e 176 casos até o momento. As três arboviroses urbanas são causadas por vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. Daí a importância da intensificação do controle dos criadouros e a organização dos serviços de saúde para evitar o aumento expressivo de casos e óbitos.
Entre as recomendações para prevenção estão cobrir, esvaziar e limpar semanalmente recipientes domésticos que possam armazenar água; uso telas nas janelas; e reforço da participação da comunidade e a mobilização para sustentar o controle de vetores.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e Ministério da Saúde (MS), deve-se suspeitar de dengue quando ocorre febre alta (40°C) acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: dor de cabeça intensa, dor atrás dos olhos, dores musculares e articulares, náusea, vômito, inchaço nas glândulas e manchas pelo corpo.
No caso da zika, quando presentes, os sintomas são leves e duram menos de uma semana. Eles incluem febre, irritação na pele, dor nas articulações e olhos vermelhos. Já quanto a chikungunya, os principais sinais são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Em caso de suspeita das três doenças, é importante procurar orientação médica.
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