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Economia
Sábado - 19 de Junho de 2021 às 08:37
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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Marcello Casal Jr/Agência Brasil
60% dos desocupados em MT procuram ocupação há 5 meses
60% dos desocupados em MT procuram ocupação há 5 meses

Estudo ‘Condições do Mercado de Trabalho’, divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese) mostra que o contingente de desocupados em Mato Grosso, no primeiro trimestre desse ano, somou 180 mil pessoas, ante 156 mil em igual momento do ano passado. Do universo de desocupados, quase 60% deles procuram um trabalho há mais de cinco meses. Essa é a maior taxa entre os estados do Centro-Oeste que integram o estudo. Em Goiás a proporção é de 50,9% e no Mato Grosso do Sul é de 46,5%.

Se o número de desocupados aumenta, o de ocupados reduz. O estudo mostra que de janeiro a março eram 1,6 milhões de mato-grossenses ocupados ante 1,7 milhão em igual acumulado do ano passado.

Conforme o Dieese, a pandemia veio aprofundar o quadro de desestruturação do mercado de trabalho que já era grave. A comparação do primeiro trimestre de 2021 com o primeiro de 2020, antes do início da pandemia, indica que o mercado de trabalho ainda está longe de dar sinais de recuperação.

Outro indicador do estado mostra que 1 milhão de mato-grossenses estão fora da força de trabalho ante 905 mil no primeiro trimestre do ano passado.

A taxa de desocupação combinada com a taxa de desalentados (pessoas que desistiram de procurar trabalho) no Estado variou de 9,7% nos primeiros três meses do ano passado – antes da pandemia – para 11,5% em igual acumulado desse ano.

Considerando ainda a taxa de desocupação mais a de desalento dos responsáveis pelo domicílio, a variação anual é de 6,7% do total para 8,1%.

Com relação ao rendimento médio real por hora trabalhada há estabilidade na comparação anual, com o valor apurado passando de R$ 14,31 para R$ 14,28.

NO PAÍS - O estudo se fundamentou em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE, mostraram ainda que para o período em tese há queda de 6,6 milhões no contingente de ocupados, aumento do total de desempregados de 12,9 milhões para 14,8 milhões. O número de pessoas fora da força de trabalho atingiu 9,2 milhões de pessoas a mais do que no primeiro trimestre de 2020.

A taxa que combina desocupados e desalentados passou de 16%, no primeiro trimestre de 2020, para 19,5%, no mesmo período de 2021. E o dado mais preocupante é que, entre os chefes de família, essa mesma taxa combinada de desocupação com desalento correspondeu a 11,2%, em 2020, e a 13,4%, em 2021, o que indica maior número de famílias em situação de vulnerabilidade.

“Ainda, entre os desempregados, a proporção daqueles que procuraram trabalho há mais de cinco meses aumentou de 49,6% para 61,3%. Os rendimentos médios do trabalho, calculados por hora, ¬ficaram estáveis, R$ 15,13 no primeiro trimestre de 2020 e R$ 15,41, no mesmo período de 2021, porém o dado não permite comemoração, uma vez que os que ganhavam menos foram os que mais sofreram com a pandemia, perdendo emprego e renda. Assim, os que tinham maiores rendimentos permaneceram em casa, trabalhando, o que manteve a média no mesmo patamar de 2020”, destaca o estudo.





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