Compra de cimento
Advogado acusa prefeito e irmão de ameaça em Santo Afonso (MT) Confusão foi por causa de protoloco de ofício

O prefeito do município de Santo Afonso (276 km de Cuiabá), Luís Fernando Falcão (DEM), foi acusado de ter ameaçado de morte o advogado L.F.S. A denúncia se estende ao irmão do prefeito, Augusto Cesar Ferreira Falcão.

A denúncia foi registrada na tarde desta terça-feira (06). Segundo o advogado, o chefe do executivo e o irmão dele, que é secretário de Governo, teriam feito a ameaça quando a vítima, representando vereadores, foi à Prefeitura protocolar um documento questionando uma compra de cimento feita pelo Executivo Municipal, em março de 2021.

Os parlamentares cobravam esclarecimentos como, quanto custou e qual a finalidade da compra. Pela cobrança, o prefeito teria ido tirar satisfação com o advogado e após uma discussão entre os dois, o irmão do prefeito entrou na briga e disse que que iria vê-lo era na “vala”.

Se sentindo coagido, o advogado relatou que foi até a delegacia e registrou o boletim de ocorrência contra os dois irmãos. O caso já foi entregue à Polícia Civil e será investigado.

OUTRO LADO

O prefeito alegou que em nenhum momento recusou receber o documento. Ele disse que questionou que o documento solicitando documentação pública estava assinado pelos vereadores Roniery e Valmir, mas nenhum deles estava no local.

O prefeito solicitou então uma procuração do advogado ou qualquer outro documento que comprovasse o vínculo entre advogado e os dois parlamentares para protocolar o documento. O advogado teria respondido que não tinha nenhuma procuração.

O prefeito pediu ao advogado então que retornasse com a procuração para e pedisse para os vereadores Roniery e Valmir protocolarem presencialmente, já que o advogado não é servidor da Câmara Municipal de Santo Afonso e não possuía em suas mãos qualquer documento que comprovasse o vínculo. Segundo o prefeito, o advogado então retornou e logo em seguida os vereadores subiram para a Prefeitura.

O chefe do Executivo ainda disse que, apesar da Câmara Municipal estar em recesso e o requerimento não ter passado em plenária ou pelo presidente, mesmo assim decidiu atendê-los, recibou o documento e tudo se resolveu. Luis Fernando também citou que é crime disponibilizar documento público para terceiros e como os donos do documento eram os vereadores Roniery e Valmir e não o advogado, por zelo, preferiu receber das mãos dos vereadores, que logo em seguida foram até a Prefeitura, recibaram o documento e tudo se resolveu.

Sobre a compra dos cimentos, o prefeito disse que tem fotos dos locais beneficiados, relatórios e todos os demais documentos que comprovem a utilização do produto.