OPERAÇÃO ZIRCÔNIA 2
Gaeco prende donos de faculdades por vender diplomas falsos em Cuiabá Grupo chegava fazer formaturas em hoteis para aparentar legalidade
O Ministério Público de Mato Grosso, por meio do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nesta quinta-feira (08) a segunda fase da Operação “Zircônia”, com o cumprimento de cinco mandados judiciais, incluindo prisões, nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. As ordens judiciais foram expedidas pela 7ª Vara Criminal da Capital.Estão sendo apurados crimes de suposta organização criminosa especializada na oferta, ministração de cursos e emissão de diplomas, históricos escolares e certificados de conclusão de cursos de Ensino Superior sem a devida autorização do Ministério da Educação (MEC). Além dos crimes de estelionato, falsificação e uso de documentos públicos falsos e embaraço à investigação.
De acordo com o Gaeco, as três instituições investigadas - Centro Universitário Poliensino Ltda ME, IEP Instituto Educacional Polieduca Brasil Ltda ME (Polieduca Brasil) e VHER Cursos Educacionais Ltda EPP (MC Educacional) - estão com as atividades suspensas por determinação judicial. Dos cinco mandados judiciais expedidos, três são de prisão preventiva em face dos sócios das instituições de ensino investigadas, um refere-se a busca e apreensão domiciliar e o outro de intimação para audiência de justificação.
Para dar ares de legalidade e enganar estudantes que decidiam fazer algum curso ou especialização oferecida por eles, o grupo criminoso utilizava o Uninter e até fazia festas de formatura num hotel de Cuiabá para que os alunos não descobrissem que na verdade estavam sendo vítimas e recebendo diplomas falsificados após pagarem cerca de R$ 7 mil por cursos superiores e de pós-graduação. O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) é integrado por membros do Ministério Público Estadual (MPMT), da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC-MT) e da Polícia Militar (PM-MT).
É uma pedra muito parecida com o diamante. A diferença entre as duas é difícil de ser identificada por pessoas que não são especialistas no assunto, a exemplo das instituições investigadas na operação.
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