Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Terça - 20 de Julho de 2021 às 14:42
Por: Da Assessoria

    Imprimir


Além da crise hídrica que elevou o preço da bandeira tarifária (vermelha nível 2) em 52%, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) atualizou os preços cobrados por 31 distribuidoras que atendem municípios de 14 estados brasileiros, inclusive a de Mato Grosso. Diante desse cenário, a Fecomércio-MT demonstra preocupação com o custo da energia elétrica no estado.

O presidente da entidade, José Wenceslau de Souza Júnior, destaca que o assunto deveria ser amplamente discutido entre o poder público e a iniciativa privada. “Se a energia elétrica produzida no estado fosse consumida aqui, nosso estado seria autossuficiente. Precisamos rever várias questões que afetam aqueles que produzem, gerando empregos, riquezas e, principalmente, arrecadação para o estado. A reforma tributária precisa avançar no Congresso Nacional e tirar o peso do Estado sobre os contribuintes”, enfatiza.

O reajuste anual autorizado à Energisa Mato Grosso, responsável pela distribuição da energia elétrica no estado, terá um aumento médio para o consumidor de 8,90%. O índice repassado para as distribuidoras que já tiveram as tarifas corrigidas varia de 1,28% a 15,29%. Outro questionamento levantado por Wenceslau Júnior trata dos estados considerados pequenos geradores de energia elétrica e que ainda não tiveram reajustes tarifários, a exemplo de Santa Catarina, ou onde os números apresentados foram menores, como no Rio de Janeiro e Tocantins, de 6,75 e 4,04%, respectivamente.

A necessidade de ‘poupar água’ nos reservatórios das hidrelétricas e acionar os parques termoelétricos, que precisam de combustível para operar, também são fatores que contribuem para o aumento. Além disso, há custos dos encargos setoriais, despesas de transporte, aquisição e distribuição de energia, impostos e a própria inflação.

O presidente da federação lembrou, ainda, da proposta de taxação da energia solar, o que embutiria a cobrança de ICMS sobre o excedente da energia fotovoltaica (energia solar). “Não podemos onerar o consumidor final com mais impostos. O que deve ser feito é uma reformulação da cobrança de tributos em todo o país e fazer com que todos contribuam de forma igual, porque onde todos pagam, todos pagam menos”.

Além disso, Wenceslau Júnior reforçou a necessidade de um debate que promova a discussão entre os poderes Legislativo e Executivo do estado e da União, e a sociedade civil organizada. “Uma oportunidade para envolver todos os atores da sociedade que sofrem com os consecutivos aumentos da carga tributária, especialmente as classes menos favorecidas”, afirma.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/444850/visualizar/