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Agronegócios
Quinta - 29 de Julho de 2021 às 11:08
Por: Por Marcio Camilo/Assessoria REM MT

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Aliança Sipa

Teve início nesta quinta-feira (29), a partir das 8h, o 2° Encontro Técnico PISA [Produção Integrada de Pastagens e Culturas Agrícolas]. Assim como no primeiro, o dia de campo será promovido de maneira presencial, com a participação de agricultores e pecuaristas da região Centro Oeste.



Mais uma vez os participantes irão conhecer a experiência de produção sustentável da fazenda Guarita, no município de Rondonópolis (a 218 quilômetros da capital, Cuiabá).



No primeiro encontro foi mostrado técnicas inovadoras na recuperação de produção em solos frágeis e degradados pela monocultura, no Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt). Agora, o projeto PISA vai apresentar um sistema de manejo em excelência de pastagens ao integrar a produção de soja com a pecuária, com a utilização de menos insumos e aumento da produção em menor espaço ocupado.



"Esse projeto que vai ser apresentado no segundo encontro técnico tem o nome do protocolo como ‘Adubação de Sistemas como alternativa para intensificação sustentável em SIPA no Cerrado’. Nele é utilizada a cultura da soja na safra e pastagens na safrinha, com pastoreio rotatínuo com a entrada de animais", detalha Letícia Rosa Gasques, do Grupo de Pesquisa e Inovação de Sistemas Puros e Integrados de Produção Agropecuária (GPISI).



De acordo com Letícia, a tecnologia aplicada na fazenda Guarita já demonstrou resultados impressionantes de produção de soja e produção animal, "mostrando que é possível planejar a adubação e conseguir uma maior eficiência no uso dos recursos na propriedade. Ou seja, produzir mais com menos insumos e consequentemente reduzindo custos", enfatiza. "É um tipo de projeto que é muito importante para a produção sustentável de alimentos", acrescenta.



As tecnologias do PISA são desenvolvidas no Instituto Mato-grossense do Algodão (IMA) em parceria com associação público-privada Aliança SIPA, que envolve as universidades federais do Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso (campus Rondonópolis). As ações recebem o financiamento do Programa REM MT – programa executado pelo Governo de Mato Grosso que conta com recursos dos governos da Alemanha e Reino Unido que premiam países e estados que combatem o desmatamento da floresta, com a consequente redução das emissões de CO2 no planeta.



Nesse sentido, o programa REM por meio do aporte financeiro ao IMA/Aliança SIPA e outras instituições científicas, incentiva a difusão de tecnologias inovadoras no campo com o foco no produtor rural. Letícia destaca que o apoio do REM é fundamental, “pois a parceria torna possível a aplicação de metodologias mais sustentáveis nas propriedades rurais de Mato Grosso, permitindo que os agricultores e pecuaristas tenham conhecimento para produzir de forma sustentável”.



Primeiro dia de campo

O primeiro dia de campo PISA também ocorreu na Fazenda Guarita, no último dia 12 de junho.



Na ocasião foi apresentado dois tipos de sistemas para recuperar solos degradados: o de integração de pastagem com lavoura e o de Pastoreio Rotatínuo.



Primeiro, a lógica é fortalecer solos fragilizados que sofreram com a monocultura. Trata-se do manejo correto do pastoreio, como forma de incrementar a matéria orgânica do solo, o sequestro de carbono, bem como reduzir e mitigar as emissões dos efeitos dos gases estufas.



Já o segundo, o Pastoreio Rotatínuo, é levando em consideração o comportamento ingestivo dos animais. “A cada bocada que a animal der, a gente quer que ele capte o máximo de alimentos com qualidade. Nós queremos otimizar o tempo de pastejo. E com isso, nós fazemos com que o animal produza mais e emita menos metano para produção desse alimento”, explica Edicarlos Damacena, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Sistemas Integrados de Produção Agropecuária.



PIMS

O projeto PISA está inserido no subprograma Produção, Inovação e Mercado Sustentáveis (PIMS) do REM MT, que envolve as commodities de carne, soja e madeira tropical.



Dentre os principais objetivos, o PIMS busca apoiar a adequação produtiva, com promoção da eficiência no uso de recursos naturais e redução da pressão por desmatamento, demonstrando a viabilidade técnica e financeira da adoção de boas práticas; além de apoiar a inovação através de atividades que permitam a difusão de novas tecnologias nas regiões alvo do programa, a fim de melhorar a eficiência produtiva de forma a reduzir a pressão por abertura de novas áreas e o uso de insumos e defensivos.





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