DEU EM A GAZETA
MP intimará vice-governador para avaliar Maria da Penha
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) intimará o vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, e a esposa Viviane Cristina Kawamoto para serem ouvidos no inquérito civil que investiga a ocorrência de violência doméstica. Os policiais militares que atenderam a ocorrência também irão prestar depoimento, já que foram eles que conduziram o casal à delegacia de Itapema na noite de 7 de julho.
O MP ainda avaliará ainda se o caso se manterá enquadrado como lesão corporal leve ou se será encaminhado ao juízo de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, incluído na Maria da Penha, na 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itapema.
Isso porque a lesão corporal praticada por Pivetta, conforme o inquérito da Polícia Civil do município possui o agravante de ter sido praticado contra a esposa. O promotor de Justiça Luiz Mauro Franzoni Cordeiro é o responsável pelo caso. Segundo a assessoria do MP catarinense, Franzoni Cordeiro deverá analisar o processo ainda nesta semana.
Viviane chegou à delegacia visivelmente machucada com hematomas nas pernas, braços e rosto. O delegado Rafael Chiara, que atendeu a ocorrência, determinou que o Corpo de Bombeiros do município fizesse exames na vítima, já que ela se recusou a ser conduzida ao Instituto Médico Legal (IML) em Balneário Camboriú, cidade vizinha.
Viviane acionou a polícia por duas vezes naquele dia, até ser atendida. Ela relatou aos militares que o vice-governador havia lhe agredido fisicamente e batido algumas vezes com sua cabeça no sofá.
“Que a mesma mostrou aos policiais marcas de vermelhidão em seu rosto, pernas e braço gerado pelas agressões”, diz trecho do registro policial.
Durante o trajeto até a delegacia Viviane desistiu de registrar Boletim de Ocorrência. Porém, os policiais decidiram encaminhá-los mesmo assim para a delegacia, que ela tinha sinais de ter sofrido violência doméstica. Pivetta foi preso em flagrante e deixou a delegacia na madrugada do dia 8 de julho após familiares pagarem os R$ 6,6 mil de fiança. Se o caso fosse enquadrado como Maria da Penha, ele permaneceria detido, sem direito a pagar o valor para ser liberado.
Outro lado
A reportagem ligou nos celulares de Otaviano e Viviane por diversas vezes. Também encaminhamos mensagens para ambos. Porém, não atenderam e não responderam nossos questionamentos. Oficialmente, os dois emitiram uma nota conjunta, afirmando que não houve agressão e que o caso ‘se tratou de uma discussão de casal’.
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