Situação de alerta
Queimadas reduzem, mas tempo seco exige atenção redobrada Mato Grosso registra uma redução de 22% nos focos de calor
Mato Grosso registra uma redução de 22% nos focos de calor. Conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desde janeiro deste ano, foram registrados 7.297 focos de calor contra 9.459 ocorrências de queimadas detectadas, em 2020, em todo o território mato-grossense. Contudo, mesmo com menor número de ocorrências, é necessário manter o alerta, pois a estiagem e a baixa umidade relativa do ar criam a situação propícia para um incêndio florestal.
No Pantanal, bioma que se estende pelo vizinho Mato Grosso do Sul (MS) e que teve 30% do seu território destruído pelas chamas no ano passado, a redução é de 79%. Por lá, até o momento são 879 focos de calor. Já a Amazônia registra 11.862 focos, o que representa uma queda de 25% se comparado ao mesmo período de 2020 e, no Cerrado, são 16.816 pontos de queimadas detectados até o momento, correspondendo a um aumento de 17% em relação ao ano passado.
Situação semelhante é verificada pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBM) na região urbana de cidades como Cuiabá. Na Capital, os focos de calor em vegetação apresentaram redução de 63% no primeiro semestre de 2021. De acordo com o documento elaborado pelo Comando Regional I, de 01 de janeiro até 29 de julho de 2020, Cuiabá registrou um total de 63 focos de calor. Em 2021, o total registrado foi de 23 focos.
Outra cidade que obteve bom resultado foi o município pantaneiro de Poconé (104 km de Cuiabá), que registrou uma queda de 96% nos focos de calor. De 01 de janeiro até 29 de julho, foram 782 focos. Em 2021, foram contabilizados apenas 34 focos de calor.
Para o Corpo de Bombeiros, os números positivos são reflexo da rápida atuação das equipes que têm conseguido combater as chamas, antes que se transformem em incêndios de grandes proporções. Para conseguir essa resposta imediata de combate, os militares têm realizado o monitoramento de todas as regiões do Estados, através das imagens via satélite.
“É importante entender que um foco de calor é registrado através do nosso sistema de monitoramento quando as chamas tenham atingido, aproximadamente mil metros, deste modo é plotado como foco. Nossas equipes têm atuado e conseguido conter esses incêndios, antes que tenha alcançado essa metragem, por isso tivemos essa redução nos focos de calor neste primeiro semestre do ano”, avalia o comandante do CRBM-I, João Paulo Nunes de Queiroz.
Os municípios de Barão de Melgaço, com 86%, Nossa Senhora do Livramento 85%, Jangada 82%, Nobres com 72%, Santo Antônio de Leverger 67%, Rosário Oeste 60%, Várzea Grande 43% e Planalto da Serra 33% também tiveram redução nos focos de calor em 2021, conforme mostra o relatório do CBM, que realizou um comparativo dos dados registrados no mesmo período do ano passado.
Em Mato Grosso, mais de 3 mil pessoas foram capacitadas para atuar na primeira resposta e evitar que as chamas se alastrem. O investimento é da ordem de R$ 73 milhões em equipamentos, viaturas helicóptero para diversas ações de combate e proteção dos biomas mato-grossense.
No Estado, o período proibitivo de incêndios florestais começou em 1° de julho e vai até 30 de outubro próximo, podendo ser prorrogado. Neste período, fica proibido o uso do fogo do fogo para manejo e limpeza de áreas. Denúncias de queimadas nas áreas rurais podem ser feitas pelo 0800 647 7363.
Comentários