Esposa de Pivetta estava sob efeito de "forte medicação" e vinho Viviane Kawamoto fez uma declaração pública em cartório no último dia 30; inquérito investiga caso
A advogada Viviane Kawamoto, esposa do vice-governador Otaviano Pivetta, fez uma declaração pública em cartório afirmando que, no dia 7 de julho, quando ambos se envolveram em uma confusão, em Santa Catarina, ela fez uso de medicamentos e bebida alcóolica.
Segundo a Escritura Púbica de Declaração (veja abaixo), feita no dia 30 de julho, ela e o vice-governador tiveram uma “acalourada discussão” em um apartamento, na cidade de Itapema.
“Num momento acalorado de discussão com meu marido, onde eu estava sob os efeitos de forte e excessiva medicação (Stilnox), aliado ao consumo de algumas taças de vinho e também as reações adversas deste mesmo remédio, que me causaram distúrbios psiquiátricos, acabei procurando a Polícia Militar relatando a ocorrência de violência doméstica, o que, entretanto, de fato não aconteceu”, afirmou a advogada, no documento.
Eu estava sob os efeitos de forte e excessiva medicação (Stilnox), aliado ao consumo de algumas taças de vinho e também as reações adversas deste mesmo remédio
Na declaração, ela diz que relatou aos policiais militares que atenderam o chamado o seu "desinteresse de prosseguir com a ocorrência, buscando minha retratação no próprio local”.
“Todavia, fomos obrigados a nos deslocar até a delegacia por ordem hierárquica superior da PM de Santa Catarina, motivo que ensejou a instauração do inquérito policial em Itapema”.
No documento, ela declarou que “depois do susto e muita reflexão estamos vivendo bem e harmoniosamente, não tendo o fatídico ocorrido passado de um capítulo infeliz no belo livro de nossas vidas”.
Histórico médico
Um atestado médico de 2015, a que a reportagem teve acesso, mostra que Viviane já fazia uso de medicação desde aquela época.
O diagnóstico assinado por um médico identificou que a advogada sofria com problemas de estresse, quadros de enxaqueca, ansiedade e transtorno depressivo recorrente.
Como consequência do diagnóstico, o médico apontou que Viviane precisaria de uma readequação no tratamento combinado com realização de psicoterapia.
À época, o médico ainda descreveu que ela apresentava limitações para ficar sozinha e também tinha dificuldade para executar algumas atividades do cotidiano, devido ao seu quadro de saúde.
Separação
Por meio de nota, o vice-governador Otaviano Pivetta afirmou que o casal estava em processo de separação desde o mês de junho.
Ele contou que já havia saído de casa no dia 30 junho e pedido separação, devido a desentendimentos do casal.
Mas, segundo ele, Viviane o procurou em diversas ocasiões, inclusive no caso de Santa Catarina, onde ela "apareceu de surpresa" - ele relatou que tinhya ido uma semana antes para o município de Itapema.
“Jamais agredi qualquer pessoa e repudio toda violência contra mulher. Sou vítima e apenas busco me defender. Sou pai de duas mulheres e avô de uma menina. Fico profundamente triste com o caminho tomado pela Viviane”, disse Pivetta.
“Para preservar a família, inclusive as filhas e o filho dela, por quem tenho um grande amor, estava tentando manter discrição. Mas a separação se tornou inevitável”, afirmou.
Veja fac-símile da declaração pública de Viviane:
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