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Cidades/Geral
Terça - 17 de Agosto de 2021 às 12:40
Por: Allan Mesquita/Gazeta Digital

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Diante de um Estado rico pelo agronegócio e de grandes exportadores de commodities de soja, milho e algodão, cerca de 400 mil pessoas enfrentam situação de extrema pobreza e sobrevivem com apenas R$ 89 por mês. A caótica estatística foi dada pela própria secretária de Estado de Assistência Social e Cidadania de Mato Grosso (Setasc), Rosamaria Carvalho, em entrevista à TV Vila Real.


"Para gente ter uma noção mais ampla da situação, hoje no Estado do Mato Grosso existem 132 mil famílias que dá uma porcentual de cerca de 391 mil pessoas que vivem em situação de extrema pobreza. Quando eu falo em extrema pobreza, eu estou me referindo a pessoas que ganham R$ 89 per capita. Isso representa quase 12% da nossa população", explicou.


A fala ocorreu quando a gestora comentava sobre as enormes filas de pessoas carentes para pegar ossinhos doados por um açougue no CPA 2, em Cuiabá. Após o assunto ganhar repercursão nacional, a primeira-dama Virginia Mendes e servidores da Setasc foram até o local e distribuiram cestas básicas.

Na ocasião, Rosamaria chegou a declarar que os ossinhos seriam "nutritivos" para a população mais vulnerável. O comentário, contudo, repercutiu negativamente.


"As questões dependem da ótica que nós olhamos, existe a ótica extremamente negativa de pensar que as pessoas precisam entrar numa fila para pegar um osso porque elas não podem comprar uma carne, mas existe também a conotação que esta entrega de ossos que contém bastante carne e são utilizadas em sopões" , expressou.


A secretária ainda ponderou que é impossível atender todas as famílias que passam necessidade diante da porcentagem de pessoas que enfrentam essa situação no Estado. "É impossível que a gente faça uma ação para abarcar todo esse contexto. Isso é algo histórico, não é algo que aconteceu agora por conta da pandemia. Diante desse cenário, quando eu fiz a declaração dos ossinhos, eu queria dizer o seguinte: que essa situação revelou que mais de 400 mil pessoas vivem em situação de extrema pobreza no Estado", explicou.





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