Governo entrega equipamentos agrÃcolas a indÃgenas Ação é promovida Secretaria de Governo da Presidência da República
O governo federal entregou, hoje (19), 42 equipamentos agrÃcolas, como tratores, grades aradoras e semeadeiras, a comunidades indÃgenas de diversos estados. O ato simbólico aconteceu durante a etapa Centro-Oeste do Seminário de Etnodesenvolvimento e Sustentabilidade, em Cuiabá, que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro.
A ação é promovida pela Secretaria de Governo da Presidência da República em parceria com a Fundação Nacional do Ãndio (Funai) e tem como objetivo discutir a autonomia dos povos indÃgenas por meio do desenvolvimento de atividades econômicas e impulsionar a produção sustentável nas aldeias.
“O que o Estado tem que fazer, por muitas vezes, é não fazer nada para atrapalhar quem queira produzir. Quanto menos Estado mais desenvolvimentoâ€, disse Bolsonaro durante o seminário. Em seu discurso, o presidente também lembrou que, quando assumiu o governo, Ãndios da etnia Paresi tinham multas de cerca de R$ 130 milhões, “assunto já resolvidoâ€, segundo ele. “Multar um produtor rural, seja ele qual for, não tem cabimentoâ€, disse.
Há alguns anos, os Ãndios Paresi fazem o plantio mecanizado de culturas agrÃcolas em suas terras, como soja e milho, em parceria com fazendeiros da região de Campo Novo do Parecis, no norte de Mato Grosso. As multas citadas pelo presidente são do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e foram aplicadas após a identificação de irregularidades como cultivo de transgênicos em terras indÃgenas, impedimento de regeneração natural de florestas e arrendamento de áreas.
De acordo com a Constituição, cabe aos indÃgenas o usufruto exclusivo de suas terras. Em fevereiro deste ano, o Ibama e a Funai publicaram uma instrução normativa conjunta que abre espaço para a produção agrÃcola no interior de terras indÃgenas, não apenas pelos Ãndios, mas também por meio de associações com outros produtores não indÃgenas.
Funai
O presidente da Funai, Marcelo Xavier, defendeu a necessidade de se instituir um sistema diferenciado de desenvolvimento econômico para os indÃgenas, de acordo com a realidade local. Segundo ele, o extrativismo de itens como castanha, açaà e babaçu, por exemplo, é uma excelente alternativa para geração de renda, já que os indÃgenas são coletores por natureza.
“Isso mostra que não há potencialidade só de agricultura de larga escala, há também potencialidade de agricultura de pequena escala, como é o caso de coleta de produtos e essências que dão dentro da própria terra indÃgena. É possÃvel modular isso dentro de cada etnia sem degradação ambientalâ€, destacou.
Segundo Xavier, além dos seminários que visam aproximar indÃgenas, poder público e iniciativa privada, a Funai tem investido na aquisição de sementes, mudas, insumos, ferramentas e maquinários agrÃcolas para “fortalecer as atividades produtivas das aldeiasâ€.
Além das entregas hoje, o órgão tem previsão de investir mais R$ 2 milhões em maquinários para entregar no ano que vem.
Edição: Fernando Fraga
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