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Quinta - 26 de Agosto de 2021 às 16:50
Por: Cíntia Borges/Mídia News

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Os vereadores Dilemário Alencar, Tenente Coronel Paccola, Michelly Alencar e suplente Maysa Leão junto ao senador Luis Carlos Heinze (no centro)
Os vereadores Dilemário Alencar, Tenente Coronel Paccola, Michelly Alencar e suplente Maysa Leão junto ao senador Luis Carlos Heinze (no centro)

Um grupo de vereadores de Cuiabá esteve em Brasília nesta quinta-feira (26) para pedir que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), seja convocado para prestar esclarecimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado Federal.

Michelly Alencar (DEM), Dilemário Alencar (Podemos), Tenente-Coronel Marcos Paccola (Cidadania) e a suplente Maysa Leão (Cidadania) entregaram ao senador Luis Carlos Heinze (PP/RS), membro titular da comissão, um “dossiê” referente à Operação Curare da Polícia Federal e também da Operação Overpriced, que investiga desvio de dinheiro na compra de medicamentos.

O dossiê tem mais de 600 páginas e é entituladio como "Documentos que versam sobre a malversação de recursos federais destinados ao enfretamento da pandemia na secretaria de Cuiabá".

De acordo com a vereadora Michelly Alencar, a convocação do prefeito é necessária porque as operações investigaram dinheiro do Governo Federal destinado ao combate a pandemia do coronovírus.


No caso das operações Curare e Overpriced envolvem dinheiro do Governo Federal para ações de combate à Covid-19, dinheiro que era pra salvar vidas mas que está sendo escoado pelo ralo da corrupção

“São inúmeros escândalos de corrupção nesta gestão. No caso das operações Curare e Overpriced envolvem dinheiro do Governo Federal para ações de combate à Covid-19, dinheiro que era pra salvar vidas mas que está sendo escoado pelo ralo da corrupção”, disse a vereadora.

O vereador Paccola, que integrou o grupo, afirmou que toda a gestão da Saúde deve explicar as supostas acusações sobre má utilização do dinheiro da Saúde em Cuiabá.

“[...] Os ex-secretários afastados precisam explicar como permitiram, se participaram e se houve mais alguém que determinou. É dinheiro do Covid, é dinheiro federal, e a Prefeitura por meio dos seus secretários afastados tem que vir aqui prestar esclarecimentos”, disse.

No início de agosto, um requerimento assinado pelo senador Marcos Rogério (DEM/RO) pede para que os ex-secretários de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho, Célio Rodrigues, prestem esclarecimentos à CPI.

Além dos dois, o pedido se estende ao ex-secretário de Gestão, Alexandre Beloto.

CPI mista

Aos vereadores, o senador Luis Carlos Heinze disse que está sendo articula a abertura de uma CPI mista entra Senado e Câmara dos deputados para que seja investigado o desvio de dinheiro público federal enviado aos estados e municípios.

Segundo ele, parte dos membros da CPI não quer ampliar o foco da investigação.

“Nós, agora, senador Marcos Rogério, senador [Eduardo] Girão, eu e outros senadores estamos tentando fazer uma CPI mista entre Câmara e Senado para fazer essa investigação. É muito dinheiro colocado na lata do lixo. Aí está a verdadeira corrupção”, disse o senador.

As operações

A Operação Curare, deflagrada em julho deste ano, investiga um esquema de corrupção e fraudes junto à Secretária Municipal de Saúde. As investigações constataram que seis empresas fazem parte do mesmo grupo empresarial - e atuavam no sentido de se "perpetuar" na prestação de serviços na área de saúde em Cuiabá.

Elas firmaram contrato que, juntas, chegam ao montante de R$ 100 milhões. Conforme apurado, receberam R$ 45 milhões da Prefeitura de Cuiabá.

As empresas suspeitas de esquema são a Hipermed Serviços Médicos Hospitalares; a Ultramed Serviços Médicos e Hospitalares; a Smallmed Serviços Médicos e Hospitalares; a Medserv Serviços Médicos e Hospitalares; a Douglas Castro ME e a Ibrasc – Instituto Brasileiro Santa Catarina.

A Operação Overpriced foi deflagrada em outubro passado pela Polícia Civil e o Ministério Público Estadual. Ela investiga suposto superfaturamento na compra do medicamento Ivermectina – um dos fármacos usados para tratamento da Covid-19.

A ação chegou a determinar o afastamento do então secretário de Saúde de Cuiabá Luiz Antonio Possas de Carvalho.





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