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Sábado - 28 de Agosto de 2021 às 09:37
Por: Diego Frederici/Folha Max

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A crise, finalmente, chegou às camadas mais abastadas da população. Ao menos em Mato Grosso. Uma decisão da juíza da 7ª Vara Cível de Cuiabá, Ana Paula da Veiga Carlota Miranda, revelou que o condomínio residencial Florais Itália – conhecido por abrigar algumas das residências mais “ostentação” da Capital mato-grossense -, foi parar no Serasa por falta de pagamento de energia elétrica.

Para quem não conhece, o Serasa é aquele serviço utilizado por bancos e instituições financeiras, que consiste na troca (venda), entre si, de dados sigilosos da vida econômica das pessoas para a comercialização de “serviços”.

Segundo informações do processo, o condomínio Florais Itália foi inscrito no Serasa por ter dado um “calote” de R$ 13,6 mil numa conta de energia. A Energisa, concessionária que realiza o fornecimento de energia elétrica em Mato Grosso, alega que o empreendimento residencial de luxo possui uma unidade consumidora “irregular”, utilizada especificamente para a bomba d’água.

“Em que pese ter sido notificada da infração, a ré não comunicou que seria realizada perícia no medidor de energia, fato este que sequer pode afirmar se de fato fora realizado pela concessionária, de forma a lhe prejudicar o direito ao contraditório e ainda a macular a referida cobrança. Salienta que a ré realizou a inscrição do débito junto ao cadastro de inadimplentes (Serasa), em razão da inexistência de pagamento da fatura cobrada, lhe causando, assim, sérios transtornos”, diz trecho do processo.

Para alívio do condomínio Florais Itália, e de seus moradores de “alto padrão”, a juíza Ana Paula da Veiga Carlota Miranda determinou a retirada da inscrição do empreendimento no Serasa em decisão da última segunda-feira (23).

“A ré não pode fundamentar a negativação enquanto a referida fatura estiver em discussão judicial. Ademais, estando o débito judicialmente discutido em sua integralidade, merece acolhimento a pretensão para determinar que a ré suspenda a negativação inserida em seu nome, no valor declinado”, ponderou a magistrada.

O processo continua tramitando no Poder Judiciário, que irá analisar a suposta cobrança indevida do débito.





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